O Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças e Fomento Empresarial, Olavo Correia, participou, hoje, num encontro de concertação com a equipa do Banco Mundial, chefiada pelo Diretor de Operação para Cabo Verde, Dr. Nathan Belete, à margem das reuniões de primavera em Washington.
Para Olavo Correia o encontro permitiu alinhar os pontos tendo em conta o objetivo do país em aceder a novos pacotes de financiamento a projetos transformadores e catalíticos para a economia cabo-verdiana, tornando-a mais sustentável e resiliente.
“A tripla crise tem tido um impacto muito negativo na dinâmica económica de Cabo Verde. Em termos de previsões económicas, neste momento, dados apontam para um crescimento do PIB em apenas 4%, contrariando as previsões anteriores de apontavam para um crescimento de 6%; uma deterioração muito forte ao nível da conta-corrente; uma redução das receitas fiscais; e uma grande pressão para o aumento das despesas fiscais, tendo em conta a necessidade de intervenção do Estado visando estabilizar os preços, mediante a alta pressão dos preços commodities energéticos e não energéticos no mercado internacional, mas também para garantir um quadro social cada vez mais estável”, afirmou o governante.
Olavo Correia reiterou que: “Os desafios são enormes para Cabo Verde, pelo que, temos de encontrar as melhores soluções e mobilizar mais recursos. Neste contexto é importante que possamos contar com a solidariedade dos nossos parceiros. O Banco Mundial tem sido um importante parceiro, sobretudo no quadro da gestão da pandemia da Covid-19, e agora no esforço que o país está a fazer em relação à retoma económica”.
O VPM recordou que, foi alcançado um aumento substancial do envelope para os próximos dois anos, quase 180 milhões de dólares americanos (ajuda orçamental). “Mais que duplicamos a carteira de financiamento com o Banco Mundial para o ano fiscal 2022 – 2025. Um dado histórico, para um momento histórico”, considerou Olavo Correia.
Finalmente Olavo Correia reconheceu que, quer o FMI como o Banco Mundial reagiram rapidamente no contexto da crise da pandemia da Covid-19, e também estão disponíveis para apoiar neste contexto da crise imposta pela guerra na Ucrânia.
