Com esta nova infra-estrutura, elucida Franklin Spencer, torna-se possível oferecer mais e melhores serviços, dando como exemplo a possibilidade agora de receber navios Roll-on/roll-off com a nova rampa desenhada para o efeito, e que tem impacto ainda na redução dos custos das operações.
Melhoria, consequentemente na qualidade de serviço e na segurança das operações portuárias com a separação da cabotagem dos serviços às mercadorias internacionais.
O novo porto vem permitir previsões muito mais optimistas, no que tange ao surgimento de novos operadores de transportes, aumento de cargas, introdução do sistema porta a porta no transporte e entrega de mercadorias, aumento de produtividade, etc.
O porto da Palmeira, como estava, já não respondia às necessidades e anseios de desenvolvimento da ilha, sustentou o Ministro do Estado, das infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações, Manuel Inocêncio Sousa, prevendo igualmente um futuro muito mais auspicioso com o novo porto.
Previsões partilhadas pelo Primeiro-Ministro, José Maria Neves que mostra-se optimista na recuperação do sector imobiliário-turistico, muito afectado pela crise internacional, que vai dando sinais de retoma, inclusive em Cabo Verde. Com a normalização dessa situação a ilha do Sal estará em condições de voltar a crescer com muito mais dinâmica.
O PCA da Enapor, Franklin Spencer, aponta para um aumento do tráfego portuário em 25%, até Outubro passado, ou seja, mesmo antes da conclusão das obras ora inaugurada, sustentando essa perspectiva optimista do futuro.
Neves recorda que o Governo tem estado a fazer para que o efeito da crise fosse o mínimo possível, sendo que Cabo Verde tem conseguido ultrapassar com relativo êxito estas dificuldades, graças à boa governação do seu executivo, que tem sabido tomar as medidas certas.
Quanto aos investimentos feitos pelo Governo na ilha do Sal, o Chefe do Executivo recorda que ela tem estado na vanguarda de muitos investimentos, apontando como exemplos a asfaltagem e construção da segunda via Espargos/Santa Maria, o aumento da capacidade de produção de energia eléctrica, a rede de saneamento e a estação de tratamento e reutilização de águas residuais de Santa Maria, assim como a expansão e modernização do aeroporto do Sal que está prestes a iniciar.
Vários outros estão por lançar, caso da Avenida de acesso aos hotéis em Santa Maria, ou o centro de formação ou por inaugurar, como a esquadra de Santa Maria, previstos para os próximos dias. Sem mencionar o hospital recentemente inaugurado.
Quanto ao porto da Palmeira, o investimento, nesta primeira fase, foi de mais de dois milhões de contos, financiado pelo Banco Europeu de Investimentos. Prevê-se que já durante a fase de construção o porto tenha sido responsável pela criação de mais de 200 empregos, ajudando a relançar a economia da ilha.
As obras da primeira fase consistiram num parque de cabotagem e movimentação horizontal numa área de 1,5 hectares, uma via de acesso ao terminal, parque de contentores ampliado de 1,5 para três hectares e a extensão do cais em 30 metros.
Para além da rampa roll-on/roll-off, sistemas de combate ao incêndio e videovigilância, infra-estruturas para abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas pluviais para reutilização na rega, etc.
Entretanto já se iniciou o concurso para a segunda fase das obras do porto, cujo arranque está previsto para meados de 2011, também financiado pelo Banco Europeu de Investimentos, em mais 3,5 milhões de contos.
