Toda a ilha da Brava vive na expectativa para ver chegar o navio Kriola e a população começa a acreditar em dias melhores para o seu querido torrão natal, sendo que o isolamento que persiste ao longo da sua história sempre foi o maior empecilho ao seu desenvolvimento.
Em conjunto com o projecto de modernização do porto do Vale dos Cavaleiros no Fogo essa obra custará cerca de 31 milhões de euros (mais de 3 milhões de contos cabo-verdianos) e consistirá no prolongamento do cais actual em 15 metros e seu reequipamento, na construção de um novo cais, com 75 metros, para além dos edifícios administrativos e gare marítima e a instalação de redes eléctricas de iluminação de apoio ao novo cais. A obra será realizada pelo mesmo consórcio do porto do Fogo, a CPTP- Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários – e a Monte Adriano.
Uma obra que permitirá as melhores condições de conforto e segurança para os passageiros que transitam por aquele porto, apostando que os navios da Cabo Verde Fast Ferry, que irão garantir ligações rápidas e regulares para a ilha, irão emprestar uma nova dinâmica à ilha, segundo aponta o próprio Primeiro-Ministro, José Maria Neves.
"Queremos que todas as ilhas se desenvolvam, sem excepção e é isso que estamos a fazer", diz, com todos os investimentos nas infra-estruturas, sendo que neste momento, "não há nenhuma ilha que não tenha uma grande obra em curso ou já concluída, aponta o Ministro do Estado das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações, Manuel Inocêncio Sousa.
Tudo isso faz parte dessa visão integrada de desenvolvimento e de transformação de Cabo Verde num centro de prestação de serviços nas áreas de turismo, económica e financeira, telecomunicações e novas tecnologias, transportes, etc.
Daí todos esses investimentos, com realce para o sector dos transportes marítimos com um investimento global de cerca de 300 milhões de euros, através de um crédito disponibilizado por Portugal. "Que ninguém se engane, não é possível desenvolvimento sem infra-estruturas modernas", sublinha Sousa.
Entretanto, o porto terá sido já alvo de algumas melhorias com o alargamento do actual cais e a construção de uma rampa fixa para fixar uma rampa móvel que permita receber os navios com sistema roll-on/roll-off, como o navio Kriola.
O Domingo, dia 7 de Novembro, será recordado como um dia histórico, o dia em que se deu o início oficial dos trabalhos do novo porto, mas o dia em que também se lançou as obras da primeira estrada asfaltada da ilha, a que liga o porto da Furna à cidade de Nova Sintra, que mais tarde, irá se estender a Nossa Senhora do Monte.
As obras dessa estrada estão orçadas em cerca de748 mil contos cabo-verdianos. A sua realização está a cargo do consórcio Armando Cunha / Monte Adriano – Empreiteiros de Obras Públicas.
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