Durante o encontro os dois governantes passaram em revista novas formas de intensificar o fortalecimento da cooperação bilateral entre os dois países. As questões da segurança e defesa, o reforço da participação conjunta na CPLP, a mobilidade, a promoção da língua portuguesa e o reforço da cooperação nos vários domínios.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, esteve nesta segunda-feira (9), no Palácio das Comunidades, num encontro bilateral com seu homologo Brasileiro Ernesto Henrique Fraga Araújo à margem da sua visita oficial a Cabo Verde.
Durante o encontro os dois governantes passaram em revista novas formas de intensificar o fortalecimento da cooperação bilateral entre os dois países. As questões da segurança e defesa, o reforço da participação conjunta na CPLP, a mobilidade, a promoção da língua portuguesa e o reforço da cooperação nos vários domínios.
Em declaração a imprensa, o Chefe da Diplomacia cabo-verdiana, expressou que entre Cabo Verde e Brasil existe uma ligação de pontos de vistas em diversos assuntos relacionados com a cooperação bilateral. E que também, o país está a trabalhar com vista a reforçar as relações comerciais entre o Brasil e a CEDEAO.
O governante, disse ainda, ao seu homologo brasileiro que “a África é a noiva do mundo. Russos, Chineses, Americanos e Europeus querem casar – se com a África. O Brasil, não fica de fora e Cabo Verde quer levar o anel do Brasil para o casamento com a África. Cabo Verde, vai trabalhar no sentido de fazer com que a presença do Brasil na CEDEAO seja mais coesa”.
Por seu lado, o Ministro de Estado das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, Embaixador Ernesto Henrique Fraga Araújo, manifestou o seu reconhecimento face aos desafios existentes no que toca ao combate contra o crime organizado e trafico de droga através do atlântico e disse que o Brasil quer estar junto com Cabo Verde, por este ter um papel estratégico nesta dimensão.
Segundo o governante brasileiro, “o Brasil está num momento de abertura económica e de possibilidades, com novos acordos, novas iniciativas tendo o continente africano como centro das suas atenções. Nessa estratégia olhamos muito para África, para o nosso vizinho do outro lado do atlântico e o papel de Cabo Verde para nós é vital nessa estratégia de uma nova parceria com toda a África”.
“Valorizamos muito esse papel que Cabo Verde tem de estratégico a nível do hub de turismo e transportes no meio do atlântico, o que ajuda a abrir imensas oportunidades para o Brasil, dentro da nova política que pretendemos avançar. Assim sendo, é vital que Cabo Verde possa ser uma porta e uma ponte do Brasil com toda a África e em especial com África Ocidental, para poder aproveitar as oportunidades de investimentos existentes em Cabo Verde nas áreas de turismo, comercio e investimentos”.
Ainda, realçou sobre o novo aumento das frequências das ligações aéreas entre os dois países, o que vem gerar novas oportunidades de negócios não só a nível do turismo, mas também a nível económico.
“Somente quando as pessoas podem viajar, estar presentes é que os negócios se desenvolvem e isso já nos coloca num novo patamar com Cabo Verde. Acho que será um ciclo virtuoso. Cada vez mais conexão, gerará cada vez mais negócios e intercâmbios e vice-versa”, adiantou.
Conforme, o governante brasileiro, o Brasil quer trabalhar com zelo esse fluxo entre o Brasil e a Europa com Cabo Verde no centro, mostrando-se convicto de que vocação maior é com a África.
Recorda-se, que antes do encontro de trabalho com seu homologo Cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, o Ministro de Estado das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, Embaixador Ernesto Henrique Fraga Araújo foi recebido esta manhã, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
De salientar-se, que esta visita insere – se no quadro de excelência do diálogo político-diplomático e de frutífera cooperação entre Cabo Verde e o Brasil e tem por objetivos a consolidação e a diversificação dos já tradicionais laços de amizade e de cooperação entre os dois países, incluindo a perspetivação do trabalho conjunto para os próximos anos.