O Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, presidiu hoje, na Praia, á abertura do workshop regional sobre gestão da lagarta do cartucho do milho e o quadro de comunicação para a luta integrada contra estas pragas.
O Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, presidiu hoje, na Praia, á abertura do workshop regional sobre gestão da lagarta do cartucho do milho e o quadro de comunicação para a luta integrada contra estas pragas.
Trata-se de um workshop muito importante da CORAF, uma instituição de investigação agrária para o continente africano – região ocidental e central da África, que visa traçar as melhores estratégias no que tange à luta integrada contra a lagarta do cartucho do milho, a gestão sustentável, o maneio e todas ferramentas de combate, bem como uma boa estratégia de comunicação para uma luta integrada contra estas pragas.
Segundo o Ministro, reforçar a resiliência das famílias agricultoras tem sido uma das prioridades do Governo, sobretudo após os últimos 5 anos de secas severas que assolaram o país.
Em 2017, começou este ciclo de secas e foi nesta altura que também foi detetada a lagarta-do-cartucho-do-milho. “Logo que tivemos conhecimento da existência da lagarta, procuramos soluções para controlar e minimizar o seu impacto na agricultura e na economia das famílias agricultoras, o Governo procurou assistência da FAO e assinou um protocolo com esta organização um projeto de cooperação técnica denominado “Apoio ao combate integrado à lagarta-do-cartucho em Cabo Verde””.
Cabo Verde partiu de imediato para uma abordagem de luta integrada, que inclui o controlo biológico por meio do uso de outros insetos, chamados predadores ou parasitóides. Esse controlo biológico permitiu reduzir a população da lagarta-do-cartucho utilizando seus inimigos naturais.
“Neste âmbito, foram importados e disseminados vários lotes do Trichogramma pretiosum, o inimigo natural da lagarta-do-cartucho-do-milho. Ao mesmo tempo foram montados três laboratórios de produção do trichogramma em 3 ilhas: Santiago, Fogo e Santo Antão, e os resultados estão á vista, com os agricultores a reconhecerem que depois do lançamento dos inimigos naturais da praga tiveram menos ataques, ou seja, a luta é para continuar”, diz Gilberto Silva.
Trata-se de uma boa experiência que podemos partilhar com os demais países da região sendo certo que todos podem dar o seu contributo na luta contra esta praga. Ainda temos muitos desafios e é por isso que Cabo Verde continua a cooperar estreitamente com o IITA, os países membros da CORAF, o ICRISAT (Instituto Internacional de Investigação de Culturas para os Trópicos Semi-Áridos), em colaboração com a Universidade de Maradi, no Níger, e o Instituto Nacional de Investigação Agrícola do Níger (INRAN), a FAO e outras instituições regionais, para combater eficazmente a Lagarta-do-cartucho.
