Na sua intervenção na abertura, Abraão Vicente reiterou que a Economia Azul foi identificada pelo Governo como um dos três pilares aceleradores para o desenvolvimento económico do país, ao lado do turismo e da transformação digital. A Economia Azul representa um dos mais importantes setores para construção da resiliência das ilhas, para a consolidação do novo setor económico e para a transformação sustentável do país.
O Ministro do Mar, Abraão Vicente, presidiu, nesta terça-feira, via plataforma digital, a cerimónia de abertura do workshop FPAT- Fisheries Performance Assessment Toolkit, uma plataforma desenvolvida pela FAO, no âmbito da Projeto Iniciativa Pesca Costeira – IPC, em parceria com a Universidade de Washington e Blue Matter Science Ltd.
O objetivo é o de avaliar o desempenho ecológico, económico e social das pescarias de modo a contribuir para a avaliação e gestão das mesmas e fornecer às instâncias de decisão indicações sobre o estado do recurso e medidas a adotar.
Na sua intervenção na abertura, Abraão Vicente reiterou que a Economia Azul foi identificada pelo Governo como um dos três pilares aceleradores para o desenvolvimento económico do país, ao lado do turismo e da transformação digital. A Economia Azul representa um dos mais importantes setores para construção da resiliência das ilhas, para a consolidação do novo setor económico e para a transformação sustentável do país.
Essa transformação é feita com instrumentos de gestão fortes, credíveis como é o FPAT. “Estamos cientes que é um instrumento fundamental para a monitorização da performance da pesca nos nossos territórios e nos territórios dos países que aqui estão representados. Este instrumento e os projetos financiados pela FAO para as investigações do IMAR, tem-nos permitido um seguimento de perto do sector, acompanhamento e fiscalização da disponibilidade das espécies e nas nossas áreas”, afirmou.
Para a gestão sustentável, que se quer dos recursos oceânicos, o Governante voltou a lançar o repto para a colocação dos oceanos na centralidade dos debates sobre as mudanças climáticas.
“Não poderemos fazer parte de nenhuma mudança que tenha impacto global, se os grandes países onde se situam as grandes indústrias transformadoras não tomarem também as medidas que visem mitigar os impactos das pescas. De nada vale termos bons alunos, se o coletivo não se engajar de uma forma absolutamente convicta na monitorização, na capacitação e no envolvimento, não só das empresas, mas dos próprios Estados. O impacto da das mudanças climáticas sobre os oceanos é cada vez mais alarmante, tornando quase insustentável a previsão do futuro quanto à disponibilidade de espécies”, asseverou Abraão Vicente.
Projetando o futuro com ênfase na sustentabilidade alimentar, Cabo Verde apresentou recentemente o seu mapeamento para a aquacultura, “onde disponibiliza parte do seu território marítimo para o desenvolvimento dessa indústria”. Essa iniciativa visa promover a aquacultura como uma prioridade e tem como objetivo ser realizada em parceria com os países da sub-região africana.