O ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, encontrou-se hoje, 26 de Junho, na Cidade da Praia, com um grupo de empresários do ramo de produção, importação e comercialização de sacos de plásticos para os sensibilizar sobre o projecto “Cabo Verde sem Plástico” em 2017.
Em declarações à imprensa, Antero Veiga disse que o objectivo da medida é o de promover uma “mudança de comportamentos, atitudes e práticas” porque se pretende que o ambiente seja tratado “com mais carinho e mais cuidado”.
A proposta de lei que proíbe a produção, importação e comercialização destes materiais a partir de 01 de Janeiro de 2017, assim como interdita a sua utilização a partir de 2018, já se encontra na sede do Parlamento e vai ser discutida e aprovada na próxima sessão que começa a 29 de Junho.
Em matéria de incentivos, afirmou o ministro, está-se a trabalhar uma linha de crédito a nível bancário para o financiamento de um conjunto de iniciativas de substituição do plástico.
“Temos projectos pendentes para a produção de sacos de papel”, indicou o ministro do Ambiente, acrescentando que o Governo vai incentivar o artesanato nacional, assim como a produção de plástico biodegradável.
Por sua vez, o administrador Chady Hojeige, da Caboplast, a única produtora de sacos de plásticos no país, garantiu que a sua empresa já tem um projecto para a produção de plástico biodegradável.
Segundo Chady Hojeige, os sacos de plásticos biodegradáveis, produzidos pela Caboplást, vai ser seis por cento (%) mais caro do que os convencionais.
Para o administrador da Caboplast, a sua empresa não vai ser muito afectada com a campanha por um “Cabo Verde sem Plástico”, porque o seu objectivo é eliminar o uso dos sacos convencionais.
Explicou que os sacos biodegradáveis, depois de um ano, vão-se desfazendo na natureza.
De acordo com Chady Hojeige, a Caboplast já fez testes desses produtos, cujos resultados foram entregues às entidades governamentais para mostrar a sua capacidade e qualidade. Neste momento, estão a aguardar a aprovação da lei para começar definitivamente com a produção.
A Caboplast, segundo o seu administrador, pretende, igualmente, apostar na recolha de todos os plásticos que estão jogados no ambiente para fazer a sua reciclagem, transformando-os em sacos biodegradáveis.
Mensalmente, a empresa produz 70 toneladas de sacos de plásticos convencionais, perfazendo 300 toneladas anuais, uma quantidade que vai ser mantida, só que em opção biodegradável e para dar cobertura a nível nacional.