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Ministro das Finanças sobre Concertação Social: “As decisões que hoje forem tomadas, têm que ser pensadas para as gerações futuras”

O Ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu esta manhã, que o país está numa encruzilhada, pelo que apelou ao engajamento de todos os parceiros socias para que se avance com uma rutura que deverá ser reforçada com a assinatura do acordo de Concertação Social, hoje, na cidade da Praia. Daí ter alertado que as decisões que hoje forem tomadas neste encontro, tenham que ser igualmente pensadas para as gerações futuras.

Em declarações à imprensa logo após a apresentação do diploma aos parceiros sociais, o Ministro das Finanças, manifestou-se agradado com o “positivo ambiente” à volta da apreciação ao diploma. Afiançou que “brevemente teremos as condições para assinar o documento”. Mais reforçou: “Há um bom ambiente para alinhavarmos um acordo firme para esta Legislatura”, apontando ainda que este é o espírito que deve vigorar no âmbito das Concertações Sociais, “procurando partilhar o diagnóstico, mas também identificando o caminho a seguir”.

Para isso, o Ministro que tutela a pasta das Finanças defendeu que teremos que enfrentar e vencer os enormes desafios que o país tem pela frente. Entre outros, apontou: a reforma do Estado, o melhoramento do Sistema Educativo e o Ambiente de Negócios, a formatação de uma Máquina Pública, virada para as empresas e para famílias, o empoderamento do Setor Privado endógeno, a aposta no Turismo, mas também na Agro-indústria, como nas TIC´s, nas Energias Renováveis, e na reforma do Sistema Financeiro. Não obstante, para lá chegarmos, Olavo Correia, enfatizou que será preciso uma mudança de atitude de todos os cabo-verdianos, bem como “um compromisso firme por parte de todos os parceiros sociais”.

O Governante manifestou-se confiante que no final do encontro que deverá perlongar-se até ao final desta tarde, o Governo chegue a consenso com os parceiros sociais que “nortearão o futuro do país nos próximos anos, em matéria de políticas públicas, viradas, sobretudo, para a promoção do emprego e com foco cerrado na duplicação do rendimento per capita na próxima década”. 

Por seu turno, o presidente da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, demonstrou-se satisfeito com a abertura deste Executivo em assumir importantes compromissos sociais. Embora tenha apontado igualmente desafios a superar.

Igualmente, a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, mostrou-se satisfeita com o diploma que no seu dizer, “abraçou e absorveu as preocupações da UNTC-CS no que tange ao aumento salarial, aumento do salario mínimo, a implementação imediata do subsídio desemprego, bem como a resolução dos pendentes da Administração Pública”. Pelo que reforçou que a instituição que representa no encontro de Concertação Social está “com o espirito aberto para resolvermos todas as divergências que possivelmente poderão aparecer e pedir esclarecimentos”.

Já, em representação ao patronato, o presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS), Jorge Spencer Lima, defendeu que o acordo estratégico em discussão “responde a várias preocupações que se tem vindo a colocar ao longo dos anos. Traz prazos e indicações claras da disponibilidade política do Governo em fazer as coisas avançar. Mas, sobretudo, tem uma visão. O que achamos que estava a faltar em Cabo Verde. Para, depois, podermos cobrar”, enfatizou o representante do setor privado. “É um documento sucinto, mas, sobretudo que trata da economia. Mais facilmente podermos controlar a ação do Executivo”, sublinhou. Daí ter afiançado que “em linhas gerais”, está de acordo com o documento. Entretanto, apontou “determinadas questões particulares” que segundo enfatizou, vai propor alterações.