“Estamos a trabalhar para que a ilha do Maio tenha o seu porto e possa ter a sua ligação com o mundo”, garantiu o Ministro das Finanças, Olavo Correia, enquanto presidia, esta quinta-feira, em representação do Governo, ao ato da assinatura de um acordo de geminação entre os municípios de Santa Cruz, ilha de Santiago, e o município do Maio.
“Se fizermos o mínimo, temos, enquanto Governo, toda a confiança que no mais curto período daremos um salto qualitativo em direção ao desenvolvimento”, disse Olavo Correia, realçando que, não obstante as restrições orçamentais, o Governo está a trabalhar para criar as infraestruturas basilares para catapultar o país a um superior patamar de desenvolvimento. “Queremos criar as condições para que os municípios possam ter ação própria, mais autonomia e possam apostar na melhoria da qualidade de vida das suas gentes”, realçou, referindo-se ao acordo de geminação.
Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, defendeu que a assinatura do protocolo de geminação foi o oficializar daquilo que já existe há muito tempo entre os dois municípios. Realçou ainda que as relações de amizade (reforçadas nos anos 60 do século passado), extravasaram de longe as trocas comerciais. Passaram a ser relações familiares e de amizade, impulsionados pelos faluchos (pequenas embarcações à vela) que faziam as ligações entre as ilhas.
Já o presidente da Câmara Municipal do Maio, Miguel Rosa, agradeceu a amizade dos santa-cruzenses para com os maienses, realçando que é reciproca. Sublinhou ainda que o protocolo vai reforçar o relacionamento entre os dois municípios e gerar oportunidades em vários domínios para os dois lados.
O acordo de geminação assinado em Santa Cruz, abrange vários domínios, entre outros: O reforço institucional, desenvolvimento económico e social, cultura, planeamento e urbanismo, educação e formação profissional, turismo, pesca, pecuária e transporte marítimo. A cerimónia aconteceu em Santa Cruz, no espaço Falucho, exactamente em homenagem à importância que os navios à vela (Aléluia e Belmira) tiveram no relacionamento entre os dois municípios e as suas gentes, eternamente unidas por laços de sangue.