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Ministro das Comunidades foi orador do painel “O Impacto do Clima na Mobilidade Humana” da 114ª Sessão do Conselho da OIM

O Ministro das Comunidades, que tutela a pasta da Diáspora Cabo-verdiana, Jorge Santos, foi orador no painel “O Impacto do Clima na Mobilidade Humana, que realizou ontem, 28 de novembro, na 114.ª Sessão do Conselho da Organização Internacional da Migração, em Genebra.

Para o Ministro Jorge Santos, especialmente nas últimas décadas, tem levado a consequências adversas na vida de milhões de pessoas e povos, obrigando-os a abandonar as suas terras, famílias e comunidades em busca de melhores condições de sobrevivência.

O governante fez um breve enquadramento do País, Estado Insular de Rendimento Médio, situado no Oceano Atlântico, é caraterizado como País de emigração, cujo território físico estende-se por 4.033 quilómetros quadrados, com uma zona económica marítima exclusiva de quase 800.000 km2. Com uma população de dois milhões de habitantes, dos quais 25% vivem nas ilhas e 75% na Diáspora, espalhados por mais de 25 países entre África, Américas, Europa, Ásia e Oceânia.

Cabo Verde é um País Saheliano, com emigração espontânea forçada por fenómenos climáticos caraterizados por secas severas e recorrentes, que estão na origem das diferentes fases dos fluxos migratórios para o exterior. O final do Século XIX foi o ponto de referência dos fluxos migratórios cabo-verdianos em direção aos Estados Unidos, onde se dedicaram à caça à baleia, sem descurar outros fluxos que tinham como destino os países africanos e a América do Sul.

Na sua alocução, Jorge Santos abordou como a migração está incluída no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde, com medidas para promover a migração segura, regular e circular, observando que o Arquipélago dá especial atenção aos imigrantes residentes no País, enfatizando medidas de inclusão, integração e combate às desigualdades sociais.

“Defendemos também que as migrações circulares, seguras e bem geridas são de fato benéficas para o indivíduo, a comunidade, as localidades e os países beneficiários”.  O governante manifestou o interesse de Cabo Verde em participar ativamente neste diálogo com vista a encontrar soluções para trazer a sua longa experiência como País de emigração, mas também para ouvir outros que possam contribuir para reforçar a eficácia das políticas que o País desenvolve.

Cabo Verde considera a sua Diáspora como um recurso estratégico e endógeno para o desenvolvimento económico, social e cultural, considerou o Ministro que terminou a sua intervenção reafirmando que o País adotou políticas públicas que visam promover o capital humano e os investimentos económicos e financeiros da Diáspora e o seu envolvimento em todos os setores do desenvolvimento nacional.

Jorge Santos parabenizou a Emy Pope pela sua eleição como a primeira mulher na história da Organização Internacional para as Migrações, OIM, a ocupar o importante cargo de Diretora Geral, tendo augurado “todo o sucesso” nas funções.