Num encontro que teve lugar na manhã desta terça-feira, 18 de fevereiro, o Ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, e a Representante Interina da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Edith Pereira, passaram em revista os meandros da cooperação entre a OMS e o Ministério da Saúde.
O encontro serviu de mote para discutir os projetos e desafios para os próximos tempos, nomeadamente a Estratégia de Cooperação OMS – Cabo Verde 2024-2028, assinada em junho de 2024. Este instrumento define as linhas estratégicas de cooperação e as prioridades para os próximos 5 anos.
A Representante Interina da OMS, Edith Pereira, aproveitou a ocasião para falar com o Ministro sobre a estrutura governativa da OMS e reforçar o compromisso dos organismos que lidera em continuar ao lado do Governo de Cabo Verde no enfrentamento dos grandes desafios que o sector da saúde impõe.
Por sua vez, o Ministro da Saúde enfatizou como uma das prioridades governamentais a redução das assimetrias em saúde, através do empoderamento das estruturas de saúde. Reconheceu o grande contributo que a Organização Mundial da Saúde tem prestado ao país, estando sempre alinhada com as prioridades da saúde da população cabo-verdiana. Jorge Figueiredo agradeceu à OMS por esta importante parceria com o Ministério da Saúde.
A Estratégia de Cooperação da OMS com os Países (ECP) é um instrumento de trabalho de médio prazo ao nível dos países, que envolve os três níveis da Organização, sob a liderança do Representante da OMS em cada um dos 46 Estados-Membros da Organização na Região Africana. A ECP inscreve-se no âmbito dos esforços desenvolvidos no sentido de obter uma maior coerência e eficácia das intervenções da OMS ao nível dos países e representa a simbiose das necessidades e prioridades de cada país com as prioridades regionais e mundiais em matéria de desenvolvimento da saúde.
Este importante documento, assinado há 8 meses, fornecerá 80% dos recursos técnicos e financeiros do Escritório de País da OMS às seis (6) prioridades pré-selecionadas e pré-acordadas, na esperança de conseguir um maior impacto na saúde.
Para Cabo Verde, as seis prioridades acordadas são: melhorar dimensões específicas do sistema de saúde; melhorar a governação do sistema de saúde, de forma a integrar o sector privado da saúde; mitigar os fatores de risco e controlar as doenças não transmissíveis e a saúde mental; desenvolver a resiliência do sistema de saúde para fazer face às emergências e às alterações climáticas; eliminar doenças transmissíveis específicas; e reforçar a saúde digital e modernizar o Sistema de Informação de Saúde.
