Para o titular da pasta da saúde, o Governo está a trabalhar para que, num futuro próximo, cada concelho, cada ilha, tenha o seu perfil epidemiológico bem definido por forma a se poder ajustar às medidas de política ao país como um todo, mas também às suas especificidades e diferenças regionais.
Na manhã desta terça-feira, 13 de setembro, na cidade de Ribeira Grande de Santiago, o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, presidiu a abertura do I Encontro Científico de Epidemiologia de Campo de Cabo Verde. A iniciativa, que acontece nesta terça e quarta-feira (13 e 14 de setembro), é organizada pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, no âmbito da conclusão da 4ª turma do Programa de Treinamento em Epidemiologia de Campo do país.
Para o titular da pasta da saúde, o Governo está a trabalhar para que, num futuro próximo, cada concelho, cada ilha, tenha o seu perfil epidemiológico bem definido por forma a se poder ajustar às medidas de política ao país como um todo, mas também às suas especificidades e diferenças regionais.
“Aqui, sem dúvida, as evidências obtidas através de estudos epidemiológicos vão para além do campo das doenças infeciosas; jogam um papel fundamental na tomada de decisões no que diz respeito à prevenção, promoção e prestação de cuidados de saúde, bem como ao planeamento e gestão” realçou o Ministro na sua intervenção.
Os dados avançados no evento apontam que são, atualmente, quarenta e cinco profissionais treinados em Epidemiologia de Campo e, com a conclusão da 4ª turma, totalizam-se 60 profissionais com formação nesta área o que, para o Ministro Arlindo do Rosário, “isto é obra”.
“Cabo Verde tem dado passos significativos no que tange ao aumento dos níveis de segurança sanitária, demonstrada, particularmente, durante o período pandémico. O Sistema Nacional de Saúde tem vindo a reforçar a sua resiliência e capacidade de resposta, nomeadamente nas vertentes de vigilância, capacidade laboratorial, comunicação de risco e articulação intersectorial,” sublinha.
O Ministro afirmou ainda que o Governo melhorou o sistema de notificação, através de institucionalização da ferramenta de vigilância eletrónica DHIS2, aos níveis central, regional e local, acompanhado de importante reforço em recursos humanos.
Para o representante da OMS – Organização Mundial da Saúde -, em Cabo Verde, Daniel Kertez, os epidemiologistas de campo tem um papel crítico na documentação e apresentação do seu trabalho, pois saber como conduzir uma boa investigação é uma competência para este tipo de profissional. Daniel Kertez felicitou a todos os formandos desta 4ª turma, dizendo que certamente os seus trabalhos irão contribuir para a melhoria da saúde dos Cabo-verdianos.
O programa de treinamento em epidemiologia de campo vem sendo implementado em Cabo Verde desde junho de 2021, com a parceria de várias instituições, nomeadamente a Associação Brasileira dos Epidemiologistas de Campo (ProEpi), a CDC Atlanta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS).
De salientar que este treinamento tem por objetivo “contribuir para a construção de uma rede ativa e coesa de resposta oportuna, atempada e coordenada de vigilância às questões e eventos de saúde tanto humana, ambiental e animal”.