O Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, que presidiu hoje à abertura do I Congresso Internacional sobre o Cancro, e V Congresso sobre o Cancro da AORTIC PALOP, na Cidade da Praia, disse que é necessário os cabo-verdianos apostarem, sobretudo na prevenção contra o cancro, com a mudança do estilo de vida e adoção de hábitos saudáveis para evitar os vários determinantes de saúde que podem influenciar o perfil epidemiológico do país.
O Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, que presidiu hoje à abertura do I Congresso Internacional sobre o Cancro, e V Congresso sobre o Cancro da AORTIC PALOP, na Cidade da Praia, disse que é necessário os cabo-verdianos apostarem, sobretudo na prevenção contra o cancro, com a mudança do estilo de vida e adoção de hábitos saudáveis para evitar os vários determinantes de saúde que podem influenciar o perfil epidemiológico do país.
Segundo frisou, este pensar não deve ser apenas uma preocupação das instituições e dos profissionais, mas também da população de Cabo Verde para se ter cada vez mais, um país saudável.
De acordo com o Ministro da Saúde, em Cabo Verde, particularmente, as doenças oncológicas constituem um sério problema de saúde pública, sendo, hoje, a terceira causa de mortalidade no país e a principal causa de evacuação para o exterior.
Disse ainda que o risco de um cabo-verdiano desenvolver um cancro após os 75 anos de idade é de 18,6% (sendo 22,7% no homem e 16,2% na mulher) e prevê-se que a incidência de cancro/ano para daqui a 18 anos ou seja em 2040, duplique.
“A estes dados, acrescem ainda os impactos, diretos e indiretos, que o cancro tem no sistema nacional de saúde, derivados dos elevados custos associados ao tratamento; como os impactos, muitas vezes imensuráveis no bem-estar psicológico, social e económico quer seja para o doente, como para o sobrevivente, como igualmente para as suas famílias”, acrescentou.
Arlindo do Rosário considerou, entretanto, que em Cabo Verde tem havido, de fato, um progresso notável na luta contra o cancro, acompanhando os progressos observados internacionalmente, pois o programa nacional de luta contra as doenças oncológicas, através do seu plano estratégico, apresenta linhas orientadoras estratégicas que incidem, essencialmente, nas políticas de promoção da saúde e prevenção primária, como também no reforço da capacidade nacional de deteção precoce e rastreio.
Outras ações que também têm sido levadas a cabo, nomeadamente o reforço do sistema nacional de saúde na melhoria das infraestruturas de saúde; na aquisição de equipamentos; bem como na formação e capacitação de profissionais, permitindo, desta forma, uma melhoria considerável na abordagem da doença oncológica no país.
“A nível hospitalar, temos testemunhado melhorias substanciais na nossa capacidade de diagnóstico, tratamento e seguimento das doenças oncológicas”, reforçou o Ministro, destacando as remodelações feitas nos serviços de imagiologia, melhorias na capacidade do diagnóstico patológico dos Hospitais Centrais, incluindo a implementação de técnicas Imunohistoquímica.
“Temos, hoje, a possibilidade de realizar cirurgias oncológicas cada vez mais complexas no país, contando também com o apoio de missões de cooperação internacionais”, sublinhou, considerando que a introdução na lista nacional de medicamentos vários fármacos oncológicos essenciais, incluindo de tratamento molecular para cancro da mama, a introdução da vacina contra o HPV para meninas dos 10 e 14 anos e a implementação do Laboratório de Biologia Molecular e a elaboração do Plano Nacional de Implementação de Cuidados Paliativos; a constituição de uma Equipa Intra-hospitalar de Cuidados Paliativos; assim como a realização de formação de cuidadores para a criação de equipas comunitárias de cuidados paliativos, demostram investimentos do Governo na melhoria dos cuidados de saúde nesta matéria e prevenção desta doença.
O I Congresso Internacional Sobre o Cancro, e V Congresso sobre o Cancro da AORTIC PALOP, Praia 23-24 de junho, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com vários parceiros nacionais e internacionais sob o lema “Inovação e Humanização”. O objetivo é reunir os profissionais de saúde e investigadores nacionais e internacionais para partilha de conhecimentos científicos atualizados na área da oncologia e inovação para uma visão holística na abordagem dos cancros, na África Subsariana.