O Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, presidiu a Reunião do Fórum Ministerial da Iniciativa para a Eliminação do Paludismo no Sahel (SaME), na qualidade de Presidente desta iniciativa, que visa incrementar os esforços para eliminação do paludismo na região do Sahel.
O Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, presidiu a Reunião do Fórum Ministerial da Iniciativa para a Eliminação do Paludismo no Sahel (SaME), na qualidade de Presidente desta iniciativa, que visa incrementar os esforços para eliminação do paludismo na região do Sahel.
A Reunião teve lugar em Acra, capital do Gana, nesta quinta-feira, 12 de maio, à margem do encontro dos Ministros da Saúde da CEDEAO e teve como objetivo fazer o balanço dos progressos alcançados nos 8 países da iniciativa para a eliminação do paludismo na região do Sahel, após dois anos do enfrentamento da pandemia da Covid19.
A Declaração de Dakar, de agosto de 2018, estabeleceu a Iniciativa para a Eliminação do Paludismo no Sahel (SaME), o qual o Ministro da Saúde de Cabo Verde foi eleito presidente para um mandato de 3 anos, em dezembro do mesmo ano. Esta reunião reuniu os Ministros da Saúde de 8 países do Sahel a saber Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Burkina Faso, Mali, Níger, Cabo Verde e Chade.
Durante o Encontro, os governantes tomaram importantes decisões, nomeadamente a aprovação da Estratégia de Financiamento SaME para implementação do Plano Estratégico 2021-2025 e houve a manifestação de interesse por parte dos países membros para a permanecia de Cabo Verde á frente dos destinos do Fórum Ministerial da Iniciativa para a Eliminação do Paludismo no Sahel (SaME), reconhecendo o trabalho realizado nesta matéria.
Durante a sua intervenção de abertura, o Ministro da Saúde de Cabo Verde reconheceu o importante papel da OMS, da OOAS, da ALMA, da RBM e de vários parceiros de cooperação bilateral e multilateral que ao longo dos anos têm, através da assistência técnica e financeira, apoiado os países no combate ao paludismo.
Afirmou que a Iniciativa SaME visa manter o paludismo no topo da agenda política; mobilizar recursos adicionais para combater e eliminar a doença de uma forma integrada, envolvendo o sector privado, empoderando as comunidades com os conhecimentos, atitudes e práticas necessários para que se responsabilizem pela prevenção e tratamento do paludismo.
Arlindo do Rosário reconheceu, no entanto, que a pandemia da COVID-19, comprometeu seriamente alguns sinais de avanço na luta contra a doença na Sub-região, pois segundo frisou, muitos países sofreram interrupções na continuidade dos serviços de prevenção e gestão do paludismo.
A OMS Afro caracterizou a situação da malária na região do SaME, com aproximadamente 27,8 milhões de casos do paludismo e 76.047 mortes apenas em 2021.
A região do SaME com 3% da população em risco do paludismo é responsável por 12% da carga global do paludismo.
Nesta região, países como Burkina Faso, Mali, Níger e Chade ainda são considerados países com alta intensidade de transmissão, enquanto Senegal, Gâmbia e Mauritânia são países com baixa intensidade de transmissão. Apenas Cabo Verde está com transmissão zero.
O encontro foi realizado pela Organização Oeste Africana da Saúde (OOAS), em colaboração com a Roll Back Malária, o Banco Mundial, a ALMA e a OMS.