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Ministro Antero Veiga visita famílias realojadas em moradias do programa “Casa para Todos”

O ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, visitou hoje, 10 de Novembro, na Cidade da Pedra Badejo, Santa Cruz, um grupo de famílias das localidades de Turil e de Boa Ventura afectadas pela construção da Barragem de Figueira Gorda e que foram realojadas  em moradias construídas no quadro do programa “Casa para Todos”.

veiga familia1Em declarações à imprensa, Antero Veiga manifestou a sua satisfação pelo facto de as famílias afectadas pela construção daquela infra-estrutura hidráulica se encontrarem “devidamente realojadas”, ainda que seja provisoriamente, pois, disse o ministro,  o Governo está a envidar esforços no sentido de construir moradias que mais se adaptem aos hábitos e costumes dos citados moradores, que se dedicam à agricultura e criação de gado.

“Vamos articular as soluções, pois o que queremos é que as famílias vivam tranquilamente e com qualidade de vida”, salientou o governante.

 Instado sobre algum atraso que se regista no concernente à construção das habitações na localidade de Achada Bel-Bel, explicou que a demora se deve a algumas dificuldades na retoma da linha de crédito que  Portugal havia colocado à disposição do Governo de Cabo Verde no quadro do Programa Casa para Todos.

“Na primeira semana de Agosto, concluímos as negociações no que diz respeito aos acordos que tínhamos  que chegar com Portugal, isto na perspectiva de retomarmos a linha de crédito antes do período eleitoral que teve lugar nesse país”, declarou Antero Veiga, que se mostrou esperançado no sentido da retoma da estabilidade governativa nesse país europeu para que o processo do desembolso seja retomado.

Abordado sobre algumas famílias que preferem indemnização, em vez de lhes serem construídas habitações, respondeu: “vivemos  num país livre e democrático e, por conseguinte, o Governo não impõe a sua vontade a ninguém. Sempre demos alternativas às famílias. Aquelas que pretendem ser indemnizadas serão contempladas e as que querem aguardar pela construção das casas em Achada Bel-Bel serão beneficiadas nessa altura”.

Segundo o ministro, neste momento as pessoas realojadas estão satisfeitas e confirmam que, afinal, “as habitações que lhes foram cedidas são de qualidade e fornecem todo conforto necessário e algumas já não querem deixar o complexo habitacional de Pedra Badejo”.

Em relação ao que  manifestaram o desejo de continuar no “Casa para Todos”, o ministro prometeu que vai sentar-se à mesa  com os responsáveis da IFH, imobiliária responsável pela execução do programa Casa para Todos,  e ver que solução definitiva em relação àqueles que preferem continuar a habitar as moradias que lhes foram concedidas.

Maria  Paula Landim é um dos moradores da localidade Turil que foi realojada em Pedra Badejo. Inicialmente, não queria abandonar a terra onde nasceu e, segundo ela própria confessou, não estava a acreditar que o executivo pudesse lhes disponibilizar novas habitações e tampouco que as mesmas  oferecessem as mínimas condições da habitabilidade.

“Hoje, estou satisfeita e já não vou no diz-que-diz. São boas casas e não gostaria que me retirassem daqui”, manifesta Maria Paula Landim, acrescentando: “daqui só quero sair para Tchadona”. Tchadona é o lugar onde fica o cemitério de Pedra Badejo.