A Ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, regressou esta quinta-feira, 02 de fevereiro, de uma intensa visita de três dias ao Sal, satisfeita com o que viu e ouviu, tendo constatado, de perto, uma forte dinâmica de desenvolvimento das obras das habitações sociais em construção na localidade de Alto Santa Cruz na ilha, onde as famílias vão ser realojadas dentro de, aproximadamente, três meses.
Do intenso programa de visitas, destaca-se um recorrido pelas próprias barracas naquela localidade, onde inclusive Eunice Silva manteve contacto direto com as famílias que irão ser realojadas, deixando-lhes uma mensagem de otimismo e de esperança no sentido de, tal como aconteceu na Boa Vista, o realojamento das pessoas vai ter também sucesso na ilha do Sal.
Foi precisamente com o propósito de conhecer de perto o andamento dessas obras em curso com dois complexos habitacionais já terminados e três na fase de conclusão, que a Ministra se deslocou à zona de Alto Santa Cruz, muito embora, conforme disse, as mesmas podem não ficar concluídas até ao final de abril, mas contando com as que já estão prontas deve-se começar com o realojamento das famílias e ir avançando conforme o término das obras previsto até finais de maio/junho mais tardar.
“Estamos a trabalhar na Boa Vista, estamos a caminhar para o fim, com mais de 70% de realojamento e eliminação das barracas. Estamos a prosseguir com os trabalhos nesse sentido para, até final de abril, estarmos prontos para vir para o Sal e começar com o realojamento, disse, Eunice Silva à imprensa.
No Sal, explicou, a situação é maior devido ao número de famílias que vão ser realojadas, mas também são maiores as habitações construídas.
Entretanto, disse, o Ministério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação começou a trabalhar desde 2017 no cadastro social que posteriormente viria a ser alterado, tendo em conta que entraram, nessa zona que será demolido, famílias que não constavam no cadastro.
Por isso, explicou, o Governo vai dar prioridade às famílias que estão registados no cadastro tanto é assim que as tipologias são diferentes, com moradias que vão desde um quarto, passando por T0, T1, T2, T3 e T4 e, em função de cada agregado e grupo de famílias, serão realojadas.
Eunice Silva fez um apelo às pessoas que estão nessa zona das barracas a não continuarem com a construção. “Já nem falo das barracas em si. Falo das transformações das barracas em edifício. Aquela zona está destinada a outro fim que é a criação de um parque que a ilha precisa ter. Vamos, em parceria com a Câmara, trabalhar no desenho desse parque previsto para pós-realojamento e apelamos às famílias a não continuarem a construir porque vão ter que sair e em continuando a investir vão criar problemas tanto para elas como para as autoridades municipais.
De notar que o realojamento das famílias faz parte de plano previsto para a eliminação das barracas nas duas ilhas mais turísticas do país, um instrumento que espelha a parceria entre o Governo e as Câmaras Municipais da Boa Vista e Sal, quanto à procura de soluções para os “bairros clandestinos” nas duas ilhas. Trata-se, aliás, de uma das mais importantes obras do projeto PRAA com maior impacto social e requalificação urbana por completo dos bairros degradados.