A Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, e o Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, tiveram, ontem, 19 de junho, um encontro com a equipa de peritos internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) liderado pelo Representante do Escritório local, Daniel Kertezs, no qual conversaram sobre a segunda missão do processo de avaliação para certificação de país livre do paludismo, que decorre no país desde 12 de junho.
Durante o encontro, os peritos da OMS comunicaram aos ministros que Cabo Verde já está a trabalhar há 18 meses para a certificação, cujo procedimento foi definido nos anos 50, como parte do processo do Programa Mundial de Erradicação da Malária e que nos últimos anos, com os avanços que o mundo consegui face à doença, vários países já foram certificados, quer os pequenos estados como os grandes exemplificando a China que foi certificada em 2021.
Os peritos informaram que estão a constatar no terreno uma boa sinergia dos sectores e engajamento dos paceiros face a este processo e ainda informaram que para a certificação, a OMS decide em dois princípios básicos nomeadamente: o país consiga interromper a transmissão autóctone por pelo menos 3 anos e garantir as condições de intervenção pós certificação para evitar a reintrodução de casos.
Reforçaram ainda que esta luta de Cabo Verde será um grande feito, junto da OMS, da comunidade internacional e a nível do continente africano, como exemplo a seguir.
Por sua vez, a Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, assegurou que há um total engajamento do Governo e de todos os seus sectores para que esta causa representa “muito” para a segurança sanitária, como um ativo importante para o país que depende do turismo.
Agradeceu todo o apoio da OMS neste processo e disse que há de se conseguir a certificação de país livre do paludismo, pois Cabo Verde estará a dar um grande contributo para a diminuição das mortes por malária no continente africano.
Já o Ministro do Turismo, Carlos Santos, considerou que os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pelo Governo, através do Ministério da Saúde, e seus parceiros estão a surtir o efeito desejado, dizendo que esta não é a primeira vez que o país luta para eliminação de uma doença e, por isso, esta certificação representa um “ganho extraordinário” que beneficiará Cabo Verde junto dos mercados internacionais e dos países emissores de turistas.
A equipa da OMS que se encontra em Cabo Verde desde o dia 12 de junho é composta por Dra Li Hong, responsável técnico pela certificação da eliminação da malária, Professor Pedro Alonso, Ex-Diretor Mundial de programa de eliminação da OMS e Dr. Baba do Escritório Regional OMS.