Foi apresentado ontem, 18 de outubro, em São Jorge dos Órgãos o primeiro trabalho daquilo que será o Master Plan para o desenvolvimento, ordenamento e valorização de São Jorge, visando transformar a localidade no município de São Lourenço dos Órgãos, numa centralidade agroturística e ambiental da ilha de Santiago.
“É visão de Governo integrar o ambiente, a agricultura com o turismo e desenvolver todo um segmento do turismo de natureza, transformando 90 hectares de terreno, que contempla Jardim Botânico, antigas instalações da vacaria e outros edifícios públicos devolutos num espaço turístico e de investigação.” avançou o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva.
“São Jorge tem um potencial enorme, pelas características que alberga. Temos aqui vários edifícios que precisam de restauração, e vamos trabalhar no ordenamento paisagístico, urbanístico do espaço, valorização de vários edifícios públicos e privados, para fazer de São Jorge, um polo de referência no contexto de turismo de natureza na ilha de Santiago, para poder enriquecer todas as ofertas que temos no nosso país e desenvolver, claramente, o seguimento do turismo de natureza”, acrescentou o governante.
Trata-se de um projeto que ronda cerca de 10 milhões de euros, financiado pelo Governo de Cabo Verde, através do Fundo do Ambiente, enquadrado no programa de Valorização turística e Ambiental das Aldeias Rurais que engloba 18 aldeias a nível do país.
“Logo após a aprovação do Governo, iniciaremos uma nova fase de trabalho, com a mobilização de recursos públicos e privados na construção daquilo que é a visão do governo para o desenvolvimento de São Jorge enquanto parque ecológico, atrativo, com intervenções a nível da água, saneamento, urbanístico, para uma boa integração das políticas sociais com políticas do desenvolvimento económico”, finalizou.
O ato, que teve lugar no Centro Interpretativo “Quintal di nos Guentis”, em São Jorge, foi testemunhado pelo presidente da Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos, Carlos Vasconcelos, deputados nacionais, responsáveis do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), do Fundo do Ambiente, do Fundo do Turismo e do Instituto do Património Cultural (IPC).