O projeto em formulação, visa, em geral, contribuir para a sustentabilidade ambiental, social e económica no sector do turismo em Cabo Verde, e em particular para as Ilhas do Sal e da Boa Vista, tendo em vista os objetivos e compromissos de Cabo Verde com a Agenda 2030 das Nações Unidas, a Estratégia de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde para 2030 (Ambição 2030) e a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) 2020 em virtude do Acordo de Paris.
Nesta segunda-feira, 27 de junho, o Ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, presidiu uma sessão de trabalho, com a Cooperação Espanhola e vários outros parceiros públicos, para dar início ao processo de formulação do Projeto “Pacto de Sustentabilidade Económica, Social e Ambiental do Setor do Turismo para as ilhas do Sal e da Boa Vista,”. Este é o segundo passo do processo de cofinanciamento da Cooperação Espanhola, depois da pré-identificação do projeto.
O projeto em formulação, visa, em geral, contribuir para a sustentabilidade ambiental, social e económica no sector do turismo em Cabo Verde, e em particular para as Ilhas do Sal e da Boa Vista, tendo em vista os objetivos e compromissos de Cabo Verde com a Agenda 2030 das Nações Unidas, a Estratégia de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde para 2030 (Ambição 2030) e a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) 2020 em virtude do Acordo de Paris.
Na sua intervenção, o Ministro Carlos Santos colocou ênfase no facto da sustentabilidade ser hoje uma obrigação da atual para com as futuras gerações e com o país, mormente num país arquipelágico com reconhecidas fragilidades no seu ecossistema ambiental e problemas estruturais de natureza socioeconómica. Para mais, asseverou o Ministro, para as ilhas em causa, nesta primeira fase, e para todas as ilhas do país, a sustentabilidade pode e deve ser uma marca (brand) diferenciador do turismo que se faz nas nossas ilhas na competição global com demais destinos turísticos do mundo e da nossa região em especial.
Por seu lado, a Embaixadora da Espanha em Cabo Verde, Maria Dolores Rios, presente no ato, lembrou muito da necessidade de articulação intersectorial por forma a evitar duplicações e desperdícios de recursos e espera ver a breve trecho as ilhas em causa marcadas como “ilhas verdes” ou “ilhas amigas do ambiente”.
“A Espanha abraçou a ideia de projeto logo que apresentado pelo Ministério do Turismo e Transportes, por entender que há muito se fazia sentir um projeto dessa natureza e abrangência que pudesse abarcar, ao mesmo tempo, vários sectores da economia com o social e o ambiental, sob o signo da sustentabilidade,” afirmou Maria Dolores.
O projeto a ser formulado cobrirá um espaço temporal de três anos, sendo evidente que é algo que deve ter continuidade, seja com a cooperação espanhola ou outros parceiros do desenvolvimento de Cabo Verde.
Para a totalidade dos parceiros presentes no encontro, trata-se de um projeto pertinente e de longo alcance que deve beneficiar de sinergias de muitas ações e atividades em curso em várias instituições do Estado e a nível central e local. Igualmente deve-se ter presente que poderá tirar proveito de fundos e recursos climáticos, e não só, à procura de projetos relacionados com a transição e eficiência energética, produção de água, gestão de resíduos, etc.
De salientar que, durante cerca de seis semanas, uma equipa de consultores internacionais da ESCP Business School (Campus de Madrid), contratada pela Cooperação Espanhola, vai trabalhar, no terreno, com o Ministério do Turismo e Transportes e várias instituições públicas centrais e locais e do setor privado, nomeadamente as câmaras municipais, profissionais do turismo, hoteleiros e outros operadores turísticos e empresas, incluindo os pequenos operadores nas Ilhas do Sal e da Boa Vista, que operam na cadeia de valor do turismo para, conjuntamente, procederem ao diagnóstico da situação e perspetivarem abordagens e propostas de solução por forma a atender aos objetivos do projeto.
É preciso notar que o Projeto fará parte do Acordo de Cooperação Avançada entre Espanha e Cabo Verde (ACA) 2030, e deve ser articulado com o Programa Operacional de Turismo 2022-2026 (POT) do Governo de Cabo Verde, em vigor desde 6 de abril de 2022.
