O reitor da Universidade de Santiago, Gabriel Fernandes, disse hoje que o Ministério do Ambiente tem tido uma dinâmica “nunca antes vista no que concerne à protecção do ambiente”.
Gabriel Fernandes fez estas declarações durante uma cerimónia de plantação de árvores nas instalações da Uni-Santiago presidida pelo ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, efeméride que este ano se assinala sob o lema “AUMENTE A SUA VOZ, NÃO O NÍVEL DO MAR”.
Para o reitor da US, esta iniciativa alusiva à comemoração do Dia Mundial do Ambiente tem como objectivo fazer do espaço académico uma das “maiores referências” paisagísticas e sócio-ambientais do arquipélago e também alertar os jovens para a importância das plantas no ecossistema.
Simbolicamente, Antero Veiga plantou uma árvore, na circunstância um coqueiro, e apelou à assistência, constituída na sua maioria por estudantes universitários, no sentido de cada um contribuir para a preservação do meio ambiente, já que, segundo ele, é “fundamental” que a actual geração contribua para que aquela que vier depois viva com ainda mais dignidade.
Segundo Antero Veiga, tendo em conta a intensidade das vulnerabilidades a que estão sujeitas as ilhas, como é o caso de Cabo Verde, o 5 de Junho deve ser um dia de reflexão sobre questões ambientais, uma vez que o país se depara com “problemas sérios” em relação à apanha da areia, aos resíduos sólidos e à mobilização da água.
“Este acto é uma indicação clara que as universidades, particularmente a Universidade de Santiago, está disposta a abarcar esta mensagem de protecção ambiental, de mobilizar os estudantes para reforçar o trabalho de protecção ambiental a nível do país”, afirmou, referindo-se à iniciativa da Uni-Santiago.
Na sua perspectiva, não só o Governo tem de trabalhar para preservar o ambiente, como também todos têm esse dever de fazer o que está ao seu alcance para proteger o ambiente, como plantando árvores e poupando energia.
No que toca à problemática de extracção de inertes, que tem prejudicado o meio ambiente, afirmou que é certo que isso “continua a ser um grande flagelo no país, mas é também certo que soluções e alternativas à areia estão a surgir um pouco por todo o país”.
Lembrou que, hoje em dia, é produzida, e em quantidade, a areia mecânica, que, apesar de ser “significativa, é insuficiente” e ainda há empresas que preferem importar areia do que estar a extrair no solo cabo-verdiano.
“Vamos incentivar essas alternativas porque a areia é indispensável para a construção civil, e até conseguirmos introduzir novas tecnologias de construção civil, vamos ter que utilizar a areia”, frisou.
O ministro sublinhou que o Governo não incentiva a apanha de areia, mas, juntamente com os privados, está engajado na oferta de alternativas à areia, e, por isso, segundo ele, é necessário fazer esse percurso com mais intensidade para que se possa rapidamente driblar este problema.
Ainda na Uni-Santiago, o ministro do Ambiente presidiu ao acto de lançamento do Jardim Botânico daquela instituição do ensino superior, onde foram fixadas plantas endémicas no país, como tortolho, dragoeiro e língua-de-vaca, entre outras.
Dando cumprimento ao programa alusivo ao Dia Mundial do Ambiente, na sexta-feira,06, o ministro faz o lançamento da II Edição do Green Project Awards Cabo Verde no Parque Natural de Serra Malagueta.
Entretanto, o acto central das comemorações da efeméride acontece é no dia 9 de Junho e deverá ser presidido pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, na presença do ministro Antero Veiga e da representante residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson-Golinski
As comemorações do Dia Mundial do Ambiente, que tiveram início em 1972, têm como objectivo assinalar acções positivas de protecção e preservação do ambiente e alertar as populações e os Governos para a necessidade de salvar o ambiente.