O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva, promove, de 19 a 22 de outubro, um ateliê de capacitação em reanimação fetal e atualização do partograma, visando melhorar a qualidade dos serviços prestados durante o parto.
O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva, promove, de 19 a 22 de outubro, um ateliê de capacitação em reanimação fetal e atualização do partograma, visando melhorar a qualidade dos serviços prestados durante o parto.
O Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro, que presidiu a cerimónia, na manhã desta terça-feira 19, considerou que esta ação de capacitação demonstra o engajamento do sector com questões essenciais que norteiam a prática clínica médica e de enfermagem relacionadas com a segurança materno infantil.
Disse ainda que o País tem reforçado as estruturas sanitárias com quadros técnicos e equipamentos necessários e modernos, mas acima de tudo de política adaptada que pretende promover a prestação de cuidados de saúde de qualidade ao longo do pré-natal, pós-parto e do periparto.
“Este reforço tem sido feito não só nas Delegacias e Centros de Saúde, mas também nas estruturas hospitalares”, assegurou.
O Secretário de Estado afirmou também que a taxa de mortalidade infantil (em crianças com menos de 5 anos) conheceu uma evolução positiva ao longo dos anos em Cabo Verde, pois se em 1990 se situava nos 63 óbitos por 1.000 nascimentos, baixou para 15 por 1.000 nascimentos, em 2019. E mesmo na última década, 2010 a 2019, este indicador diminuiu consideravelmente, passando dos 22,9 por mil nascidos vivos para os 15,6. Um sinal claro dos resultados que Cabo Verde tem investido na melhoria da prestação dos cuidados de saúde nesta área.
A coordenadora do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva, Vaneusa Rodrigues, avançou que a ação formativa está a ser ministrada por peritos da OMS, dirigida aos médicos enfermeiros dos dois hospitais centrais e dos quatro hospitais regionais do país.
“São 15 médicos e enfermeiros do Hospital Agostinho Neto e um médico e um enfermeiro de cada estrutura de saúde central e regional”, indicou, ressaltando que o Governo tem “investido muito” em termos de equipamentos, e que hoje as estruturas de saúde estão melhores equipadas para cuidados maternos neonatais.
A coordenadora explicou que a referida ação de capacitação consiste em reforçar as competências técnicas destes profissionais, consequentemente melhorar a qualidade dos serviços prestados durante o parto.
Segundo a responsável, o tema principal é o partograma que é um instrumento utilizado no seguimento de trabalho de parto, com o intuito de melhorar e garantir um parto “mais seguro e com mais qualidade”.
Já a reanimação fetal, esclareceu, é um procedimento “mais invasivo”, tendo exemplificado que um feto em hipóxia, ou seja, sofrimento fetal, existem algumas manobras que podem ser usadas, culminando num trabalho de parto normal em vez de uma cesariana.
O ateliê de capacitação em reanimação fetal decore na cidade da Praia, no âmbito de uma avaliação da qualidade dos cuidados de saúde materna neonatal e infantil, realizada em 2019 pelo Ministério de Saúde, com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), no qual, os resultados apontaram que havia a necessidade de capacitação nesta área.
