O Ministério da Saúde, através da Coordenadora das Respostas a Epidemia da Dengue e Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, avançou hoje, 6 de dezembro, que esperam contar com a colaboração comunitária para a eliminação da dengue, através da eliminação dos viveiros de mosquitos nas casas e comunidades.
“É um desafio que tem de ser enfrentado pelas famílias e pelas comunidades, porque os mosquitos estão nas nossas casas, quem habita nas nossas casas, somos nós. Então o plano se baseia, sobretudo, no reforço da luta anti-vectorial, na comunicação de risco, e também na responsabilização”, afirmou.
Maria da Luz Lima falava à imprensa, na saída da reunião de Coordenação e Avaliação da Situação epidemiológica de dengue, realizada esta manhã, que foi presidida pela Ministra da Saúde Filomena Gonçalves.
A presidente do INSP referiu ainda que o segredo está no envolvimento comunitário, no sentido de trabalharem em conjunto para evitar a existência de viveiros dos mosquitos, nomeadamente em bidões, pneus, tanques e vasos de planta.
“Apesar de se registar uma diminuição de casos nas últimas semanas, graças as intervenções já realizadas, é preciso não baixar a guarda pois o objetivo é ter zero caso de dengue no país” reconhece a responsável pelo INSP, reforçando que o foco será na eliminação das larvas dos mosquitos. “Nos próximos tempos, vamos intensificar o contacto com as pessoas e comunidades, a fim de perceberem que a dengue só existe porque existe a larva de mosquitos” afirmou Maria da Luz Lima, coordenadora das Respostas a Epidemia da Dengue.
A reunião de Coordenação e Avaliação contou com a presença de dois consultores Internacionais da Organização Mundial da Saúde que se encontram no país para apoiar as equipas nacionais a aprimorar as respostas a esta epidemia. E do encontro com os especialistas internacionais garantiu que saíram algumas recomendações, nomeadamente a introdução de um novo produto para a reforço da luta biológica contra os mosquitos (BTI), ter um dia D da Dengue, reforço da vigilância nos pontos de entrada para evitar outras variantes de dengue, nomeadamente DNV2 e DENV4.