O Ministério da Agricultura e Ambiente, através Direção Geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuária (DGASP) e o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), apresentou, hoje, 9 de junho, a campanha de produção de plantas para o ano agrícola 2023-2024.
O orçamento previsto para esta campanha agrícola 2023-24, é de cinquenta e oito mil contos, integralmente suportado pelo orçamento do Ministério.
O MAA tem disponível, através das suas Delegações, e no INIDA, 57.683 plantas florestais e fruteiras, 350.000 estacas de batata doce de mandioca, 3.045 kg de diferentes espécies de Sementes forrageiras. Ainda prevê a disponibilidade de sementes das principais espécies cultivadas no sequeiro (milho, feijão pedra, feijão bongolon, feijão sapatinho e feijão congo) a nível nacional. As plantas florestais e fruteiras, as estacas de batata doce de mandioca serão disponibilizadas aos agricultores a um preço simbólico, e as sementes forrageiras serão distribuídos nas ilhas/concelhos de maior necessidade.
A Diretora Geral da Agricultura, Eneida Rodrigues, assegurou que em caso de necessidade as Delegações do MAA estão disponíveis para apoiar os agricultores a identificar os locais onde as sementes poderão ser adquiridas.
No que se refere ao combate a eventuais pragas, já se encontram disponíveis nos armazéns do MAA, nos diferentes Concelhos, pesticidas, materiais e equipamentos e à semelhança dos últimos anos privilegiar-se-á os pesticidas biológicos, visando preservar o ambiente.
Relativo a praga de gafanhoto, a DGASP afirmou que este ano, em princípio, não deverá haver eclosões muito significativas, tendo em conta que os focos do ano transato foram controlados atempadamente e poucos indivíduos chegaram ao estado adulto. No entanto, as ilhas Brava, Boa Vista e Sul da ilha de Santiago, poderão vir a merecer atenção reforçada.
Em relação à lagarta-do-cartucho, o INIDA avançou que a aposta tem sido nos métodos de controlo integrado, com destaque para a luta biológica, que são mais eficientes como é o caso do uso de armadilhas com feromona sexual para deteção precoce da lagarta-do cartucho na cultura do milho.
“O INIDA dispõe de três bio-fábricas de produção do inimigo natural, o Trichogramma pretiosum, nomeadamente nas ilhas de Santiago (INIDA – São Jorge), Fogo (Campanas) e Santo Antão (Ribeira Grande), sendo a produção prevista é suficiente para cobrir as áreas de sequeiro a nível nacional”, afirmou a Presidente do INIDA, Nora Silva.
Ainda as dirigentes das duas instituições apelaram aos agricultores a evitarem o uso de queimada nas parcelas, sobretudo em zonas perto das florestas como forma de evitar incêndios.