O Ministério da Educação e o Instituto Confúcio da Universidade de Cabo Verde assinaram, nesta terça-feira, 09 de maio, na cidade da Praia, um protocolo de cooperação, visando a introdução do Idioma Mandarim como língua estrangeira opcional no Sistema de Ensino cabo-verdiano. Para a Ministra da Educação, Maritza Rosabal, a implementação do Mandarim irá trazer, não só oportunidades, mas também proximidade cultural.
Um ano depois do Governo de Cabo Verde manifestar no seu Programa, o interesse de introduzir o Mandarim como língua opcional no Sistema do Ensino cabo-verdiano e, pouco depois do Executivo comunicar a República da China, eis que iniciou-se o processo da elaboração deste protocolo, tendo em vista a materialização e a implementação deste Idioma no Ensino secundário de Cabo Verde, disse Maritza Rosabal durante a assinatura do documento.
“Este protocolo é o resultado do esforço conjunto, um verdadeiro “Djunta Mô”, entre a Embaixada da República da China em Cabo Verde, o Instituto Confúcio, a Uni-CV, os serviços de cooperação do Ministério da Educação e do próprio gabinete que contribuiu na elaboração e construção deste processo que hoje assinamos aqui”.
O Mandarim será implementado ainda numa fase experimental e a curto prazo, isto porque, segundo Maritza Rosabal, no protocolo ora assinado põe-se a possibilidade de oferta de bolsas de estudo aos estudantes cabo-verdianos para a China, no sentido de se prepararem para, depois, começarem como docentes nesta área.
O protocolo também recomenda que todo este processo terá o seu seguimento, pelo que certamente “vai enriquecer e trazer responsabilidades aos diferentes serviços, nomeadamente junto à Direção Nacional de Educação e à inspeção geral, num esforço coletivo entre as escolas envolvidas neste processo”.
Segundo a Ministra, neste momento, o país está em ótimas condições de dar início à utilização do Mandarim, certo de que ainda não será implementado em todas as escolas do país. Esta inovação curricular será implementada numa primeira fase nos concelhos da Praia, São Miguel, Santa Catarina de Santiago e São Vicente, concelhos onde o país possui maior números de matricula por alunos. “É uma grande oportunidade para próximo ano letivo em que se espera uma grande adesão dos estudantes, por tudo aquilo que este processo abrange”.
Esta experiência, sublinha Mritza Rosabal, não deve ser vista apenas ao nível da aprendizagem da língua, mas também no campo da aprendizagem da cultura que “é sem duvida muitíssimo bom, porque desenvolve as relações humanas e as relações entre os povos e motiva a novos conhecimentos sobretudo da China, país tão longínquo, mas tão próximo por toda a cooperação que existe. E sem dúvida, a longo prazo, a implementação do Mandarim irá trazer, não só oportunidades, como também, a proximidade cultural”.