Decorre na vila do Tarrafal de Santiago uma sessão de formação em Segurança Alimentar e Nutricional e Mudanças climáticas que visa reforçar as capacidades técnicas dos diferentes sectores ligados a questão da segurança alimentar e nutricional em metodologias de análise e cartografia da vulnerabilidade a (in)segurança alimentar das famílias e mudanças climáticas tendo em conta questões sociais, como o género.
A vulnerabilidade climática de Cabo Verde, enquanto país insular, tem impacto na segurança alimentar do país, sobretudo no que tange a produção agrícola, animal e pesqueira. Os cenários de previsão do futuro agro-climático do país alerta para a possibilidade de uma percentagem significativa da população ficar exposto à insegurança alimentar até 2020 devido aos efeitos das mudanças climáticas.
Em 2009, o Governo de Cabo Verde, em parceria com o Fundo Mundial para o Ambiente (GEF) e o PNUD, iniciou a implementação do projecto de “Reforço das capacidades de adaptação e resiliência às mudanças climáticas” no sector dos recursos hídricos, financiado através do fundo GEF para países menos avançados (GEF-LDCF) a partir das prioridades identificadas no Plano Nacional de Adaptação as Mudanças climáticas (NAPA). Em 2013, uma segunda fase do projecto foi financiado pela Agência Canadiana de Desenvolvimento Internacional ( CIDA), através do seu mecanismo de financiamento de acções de adaptação, o “Fast Start Climate Change Funds”, tendo a segurança e nutrição alimentar no cerne das intervenções.
Na formação participam aproximadamente 25 pessoas de diferentes sectores incluindo ONG, instituições governamentais, ligados à problemática da Segurança Alimentar, Género e Mudanças Climáticas e visa proporcionar aos técnicos das diferentes estruturas uma compreensão holística da segurança alimentar e nutricional e mudanças climáticas, e da sua implicação no desenvolvimento.