O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, pretende estabelecer parcerias com a Câmara Municipal do Porto Novo, tendo em vista à preparação e efetivação de uma programação cultural que tinja tanto a população deste concelho, quanto da ilha, mas também dos visitantes e turistas para apoiar o município na concretização dos projetos como o museu de romarias, implementação de uma escola de música e de artes e ofícios.
Essas intenções foram deixadas durante a realização de um conjunto de visitas que Abraão Vicente fez na segunda-feira, 18 de setembro, ao município do Porto Novo em Santo Antão, acompanhado do presidente da Câmara local, o vereador e o Diretor do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD).
A visita iniciou pela antiga fábrica de pozolana que a autarquia quer transformar num ponto de referência das festas de romaria, mais precisamente o São João (San Jon), que é celebrado, como o seu ponto alto, a 22 de junho.
Conforme o Ministro da Cultura e das Industrias Criativas, a ideia é elevar esta manifestação cultural a património municipal, nacional e depois, em conjunto com Portugal, trabalhar na sua elevação a património cultura imaterial da humanidade.
Com efeito, na semana passada uma equipa técnica do Instituto do Património Cultural (IPC) esteve de visita à ilha para a inventariação e posteriormente trabalhar na materialização desse processo. Abraão Vicente foi ainda visitar o espaço cultural, “Nos Reiz”, um lugar cheio de potencialidades, mas que de momento encontra-se fechado.
O ministro propôs à autarquia uma gestão conjunta entre a CMPN e o MCIC, através da representação norte (CNAD).
Outro ponto de elevado interesse na agenda da visita do Ministro da Cultura e das Industrias Criativas foi a Igreja de São João que faz parte da rota da festa de Nhu San Jon na respetiva ilha e a antiga residência colonial, que deve ser transformada num espaço turístico e cultural, com um centro de artes e ofícios.
As visitas terminaram depois da identificação de dois espaços da câmara municipal, a primeira que poderá receber uma filial da Cesária Évora Academia de Artes (CEAA) para a massificação e profissionalização de músicos e ainda o auditório que deve receber materiais doados pelo MCIC.
