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Maritza Rosabal realça o papel da Associação das Mulheres Muçulmanas em Cabo Verde

A Ministra da Família e Inclusão Social, Maritza Rosabal, realçou, domingo, 30 de agosto, durante a cerimónia comemorativa do Dia das Mulheres Africanas, realizado em Santa Catarina, o papel desempenhado pela Associação das Mulheres Muçulmanas em Cabo Verde, afirmando que esta associação “têm o valor da mulher de qualquer origem”.

Maritza Rosabal realça o papel da Associação das Mulheres Muçulmanas em Cabo Verde1

“Esta associação tem desempenhado um papel importante e mostra que a mulher é mesmo uma palavra plural, uma vez que nós temos que falar em mulheres de diversas origens e nacionalidades. Pois, praticamente todas têm em comum a imigração”, salienta.

Mas foi nos programas a serem realizados pelo Ministério da Família e Inclusão Social, visando promover a maior integração das mulheres imigrantes e com baixo nível de escolaridade, através do acesso à criação de círculos específicos, que a ministra fez ênfase no seu discurso durante a cerimonia das celebrações do Dia das Mulheres Africanas.

Esses programas, segundo Maritza Rosabal, vão, precisamente, ao alcance das pessoas que frequentam cursos de língua portuguesa como a Língua Oficial do Sistema Educativo Cabo-verdiano, na criação de círculos específicos de alfabetização para que as mulheres com baixo nível de escolaridade possam assistir e fazer a sua melhor integração.

Explicou, no entanto, que chegou a Cabo verde como uma imigrante e que, de uma certa forma, através da sua visão que tinha sobre África, começou a adquirir novos traços e entrou assim, no processo de interculturalidade.

“Estou a fazer 37 anos nesta terra. Cheguei como vocês imigrantes e não me esqueço que foi depois do golpe de estado da Guiné Bissau. Vieram muitas pessoas de Bissau e começara a se a introduzir o “Bubou” – um traje tradicional utilizado naquele país – que era uma prenda que se vestia aos domingos, usando-os como forma de se sentir livres e frescos”.

Maritza Rosabal que, partir de então, começou a ver a África como um continente diverso, múltipla nos seus costumes e tradições, considerou que a África mais do que um continente que precisa de apoios.

“Quando se fala da África muitas vezes sempre se fala de um continente que precisa ser apoiado ou de pessoas que estão em situação de estrema vulnerabilidade. África não é isso, aqui existem pessoas que são prémio Nobel; tem pessoas distinguidas a nível internacional; tem pessoas muito importantes que formam parte da história não só do continente, mas de toda a história universal e é essa diversidade que nos enriquecem e que nos engrandecem”, sublinha Maritza Rosabal.

De acordo com a tutelar da pasta da Educação, em África existem pessoas que deram grandes contributos para a humanidade, que faz da África, um continente rico e que transcende um continente que vive de apoios.