Trata-se de duas importantes obras e que, como a barragem de Poilão na Ribeira Seca, entre São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz no interior de Santiago, terão um enorme impacto na vida, não só das pessoas que ali habitam e vivem directa ou indirectamente da agricultura, mas também irão ajudar a melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos e reforçar a sua segurança alimentar com mais e melhores produtos agrícolas.
Já durante os dois anos da sua consecução, as duas barragens deverão empregar até 2000 ou mais pessoas, segundo o Ministro do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, José Maria Veiga.
A barragem de Salineiro (Concelho de Ribeira Grande de Santiago), inaugurada no domingo, custará por volta de 750 mil contos, mais ou menos a média das outras duas, sendo esta última a maior das três em curso no momento em Santiago. As outras são a de Faveta em São Salvador do Mundo (lançada sábado) e a de Saquinho em Santa Catarina (Setembro).
Só a barragem de Salineiro, com capacidade para armazenar até 700 mil m3 deverá permitir a irrigação em torno de 45 hectares de terra, podendo empregar até 1050 pessoas entre empregos directos, indirectos e sazonais, enquanto a de Faveta empregará entre 600 pessoas no total.
As barragens recentemente lançadas fazem parte de um amplo projecto com vista à transformação do sector agrícola numa perspectiva de modernização e industrialização do sector, que é uma grande prioridade desta governação como factor gerador de riqueza, de qualidade e segurança alimentar, para o combate à pobreza no meio rural, conforme elucidou o Primeiro-Ministro, José Maria Neves.
Cabo Verde conta, na execução deste grande projecto agrícola, com a forte parceria de Portugal que está a apoiar com uma linha de crédito de 100 milhões de Euros para as energias renováveis, água e agricultura. Só a construção das duas barragens referidas, mais a de Saquinho, recentemente lançada, está orçada em 20 milhões de euros.
Presente no acto de domingo, o Ministro da Agricultura de Portugal, António Serrano, que confirmou a disponibilidade de Portugal em continuar a apoiar Cabo Verde, não obstante a crise financeira porque passa o seu país e o mundo. " Temos aqui uma oportunidade de cooperação em que os dois países podem ganhar permitindo o desenvolvimento mútuo do sector agro-pecuário deste Pais também…", afirma.