Para o Ministro Arlindo do Rosário, Cabo Verde foi um dos países mais impactados pela pandemia, no sentido que apesar dos desafios provocados por três anos de seca severa, o país registava até 2019 um forte crescimento económico com ganhos importantes na redução do nível de pobreza e da desigualdade, ganhos estes que a COVID-19 veio pôr em risco.
Uma consideração do Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, feita durante a cerimónia de lançamento do Programa conjunto UNUDC e UNUHABITAT –Promovendo a sensibilização e a defesa da abordagem de segurança humana na superação da pandemia Covid-19 em comunidades vulneráveis em Cabo Verde, que teve lugar na manhã desta terça-feira, 05 de abril, na Cidade da Praia.
Para o Ministro Arlindo do Rosário, Cabo Verde foi um dos países mais impactados pela pandemia, no sentido que apesar dos desafios provocados por três anos de seca severa, o país registava até 2019 um forte crescimento económico com ganhos importantes na redução do nível de pobreza e da desigualdade, ganhos estes que a COVID-19 veio pôr em risco.
“As populações das ilhas cuja atividade económica está fortemente ligada ao turismo, nomeadamente Sal e Boavista foram as mais afetadas pela crise pandémica” reforçou, afirmando que na luta contra o vírus, Cabo Verde tem feito o máximo possível pela saúde e segurança dos cabo-verdianos, unindo sabedorias dos setores público e privado.
Entretanto, o Ministro da Saúde afirmou que não obstante os notáveis investimentos no alargamento da proteção social, na proteção do emprego e do rendimento, é importante que o país continue reforçando sinergias, promovendo melhor coordenação e mais solidariedade, por forma a consolidar o investimento nos serviços de saúde, educação de qualidade, proteção dos mais vulneráveis, bem como o acesso às tecnologias digitais.
Sendo certo que a pandemia ainda não acabou e que tudo aponta para uma nova fase de revitalização das atividades socioeconômicas, considerou que a hora é essa, de olhar para o conceito de segurança humana da nova era na resposta a vários desafios, acelerando os esforços para alcançar os ODS e enfrentar os problemas globais, ressaltando o direito das pessoas de viver em liberdade e dignidade, livres da pobreza.
Para a Coordenadora Residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Graça, que falava durante o ato, mobilizar fundo da segurança humana para Cabo Verde, que normalmente é um fundo que se destina a países afetados pela instabilidade, foi num contexto da pandemia e no sentido de contribuir para a coesão social em comunidades mais vulneráveis e conseguiu mobilizar cerca de 400 mil dólares para Cabo Verde.
“As comunidades que serão apoiadas são Sal Rei na Boa Vista, Espargos no Sal e Cidade da Praia em Santiago, com objetivo de aumentar a resiliência comunitária e da segurança humana dessas comunidades vulneráveis em ambientes urbanos trabalhando em particular com jovens e mulheres.”
O Programa conjunto UNODC&UN Habitat: Promovendo a sensibilização e a defesa da abordagem de segurança humana na superação da pandemia Covid-19 em comunidades vulneráveis em Cabo Verde é parte do Quadro de Cooperação entre as Nações Unidas e Cabo Verde (UNDAF 2018-2022), financiado pelo UNTFHS (Fundo das Nações Unidas para a Segurança Humana) e tem como principais agências de execução o ONUDC (Escritório das Nações Sobre a Droga e Crime) e o ONU Habitat (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos), contando como parceiros nacionais de implementação o Ministério da Saúde (MS), o Ministério da Justiça (MJ), o Ministério das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH), as Câmaras Municipais da Praia, do Sal e da Boa Vista, assim como as Associações de Base comunitária das referidas localidades.
O foco do Programa centra-se no aumento da resiliência comunitária e da segurança humana de comunidades vulneráveis em ambientes urbanos através da construção colaborativa da paz, promovendo a coexistência pacífica em escala comunitária e sua institucionalização local.
