O governante acrescentou ainda que “a partir desta Casa da Morna, estamos a cumprir com a UNESCO” pondo em prática o “Plano de Salvaguarda da Morna”, que passará agora para uma segunda fase do projeto: conceito museográfico Casa da Morna Praia Branca.
A cerimónia de inauguração da Casa da Morna – Sodad – na localidade de Praia Branca, no Concelho de Tarrafal, São Nicolau, foi um ato simbólico presidido pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, e, de certa forma, o reviver a celebração da classificação da Morna Património da Humanidade.
A escolha da pacata zona é, segundo a tutela da pasta da Cultura e das Indústrias Criativas, “o mostrar que a Morna tem enraizamento na comunidade”, pois “mais do que do que a classificação da Morna a Património da Humanidade é conseguirmos preserva-la para as gerações futuras”.
O governante acrescentou ainda que “a partir desta Casa da Morna, estamos a cumprir com a UNESCO” pondo em prática o “Plano de Salvaguarda da Morna”, que passará agora para uma segunda fase do projeto: conceito museográfico Casa da Morna Praia Branca.
A apresentação do conceito museográfico Casa da Morna foi feita pelo presidente do Instituto do Património Cultural, Hamilton Jair Fernandes, que ressalvou a importância da parte museográfica para projetar, colecionar, conservar, comunicar e expor os testemunhos do passado e do presente, sobre esse género musical. Contudo, este espaço entra na nova dinâmica da instituição museu, que saindo um pouco do conceito tradicional, assume também uma importante função social enquanto espaço de partilha entre gerações, de lazer e de valorização do território no seu sentido mais alargado, provocando mudanças de atitudes e comportamentos e promovendo a coesão e o empoderamento socioemocional das gentes locais.
Cumpre-se assim o compromisso com a UNESCO e com os músicos, quando “resgatamos uma casa em ruínas transformando-a numa referência de um centro cultural cheio de simbologia para a população de Praia Branca e de São Nicolau.
Todo o projeto é financiado a 100% pelo Governo de Cabo Verde, num montante que ronda os 4.000.000,00 (quatro milhões de escudos cabo-verdianos), do qual fará parte, ainda, a nível dos conteúdos, testemunhos audiovisuais, objetos, elementos infográficos que contribuem para a afirmação do discurso expositivo proposto, a história e as figuras da Morna.