Perto de seis mil pessoas beneficiam de dois importantes projectos de adução e de extensão da rede de água no norte de São Filipe, uma parceria entre o Governo, através do Ministério do Desenvolvimento Rural, e a Câmara Municipal local e que deverá ser concluído ainda antes do final deste ano. O Primeiro-Ministro, José Maria Neves foi quem presidiu o acto deste projecto que representa investimentos de 160 mil contos (água ao domicílio) e de mais de 50 mil contos (adução de água para agricultura, dando força e razão ao lema «mais pão, mais água, mais luz e mais palavra».
Esta que foi a palavra de ordem da primeira campanha vitoriosa de José Maria Neves e do partido que representa (PAICV), em 2001 e que deu o mote às intervenções do Chefe do Executivo esta quarta-feira, nos dois actos de lançamento destes dois importantes projectos.
Com estas duas empreitadas que deverão estar concluídas ainda antes do final desta legislatura o Fogo e Cabo Verde ficam mais perto do grande desígnio nacional de levar a água a todas as regiões da ilha e do país.
No que toca ao projecto de extensão da rede e abastecimento de água aos habitantes da região norte de São Filipe, este irá cobrir as localidades que vão de Inhuco a Campanas de Cima, beneficiando mais de seis mil habitantes, lembrando José Maria Neves que está-se a investir mais de 160 mil contos para este fim, o que é elucidativo do esforço e determinação do Governo em levar a água a todas as pessoas. Queremos que cada cabo-verdiano possa ter pelo menos 40 litros de água por dia à sua disposição”, sublinham daí os fortes investimentos na dessalinização de água e perfurações um pouco por todas as Ilhas.
Quanto ao projecto de adução de água, este irá custar cerca de 50 mil contos, o objectivo é conseguir armazenar perto de 600 metros cúbicos de água para a agricultura, das chuvas e do subsolo, permitindo assim aumentar em mais 30 hectares as áreas agrícolas na região, à semelhança do projecto que já se fez na zona sul, criando as condições para o desenvolvimento da agro-pecuária e definindo claramente a separação entre a água para a rega e a água para o consumo.
Dividido em duas fases, o projecto de adução de água consistirá, nesta primeira fase, no equipamento de dois furos e na bombagem e distribuição de água que será depois distribuída às localidades mais baixas, nomeadamente Ponta Verde, Santo António e outras, por via da gravidade.
O objectivo é, segundo Neves, reservar a água das chuvas e do subsolo para a agricultura e dessalinizar a água para o consumo humano. Os ganhos são claros e evidentes, sendo a água um bem essencial à vida, sendo que no que toca à agro-pecuária, espera-se que com o aumento da água disponível se possam criar mais empregos e estimular a actividade agrícola e melhorar as condições de vida no mundo rural.
Com estes e outros projectos semelhantes, para além das barragens, as requalificações das bacias hidrográficas e todos os investimentos feitos na água em todo o país, os cabo-verdianos, vaticina Neves têm e terão «mais água». Da mesma forma, os fortes investimentos feitos na energia, incluindo as energias renováveis estão a trazer «mais luz», assim como por via do crescimento em razão do desenvolvimento do país nos últimos anos, há hoje mais pão e certamente mais palavra com a consolidação da democracia e o incremento da educação para todos, reflecte José Maria Neves.
