Em comunicado dirigido a todos os órgãos de comunicação social, o Ministério da Cultura sublinha que, neste momento de dor e de recolhimento, em nome do Governo, dos artistas e criadores, endereça à família enlutada, aos amigos e familiares do extinto, as suas mais sentidas condolências e manifestação de profunda solidariedade.
"O desaparecimento físico deste exímio cultor da música caboverdiana, que tinha uma forma peculiar de tocar e que se impôs nessa área pelo seu virtuosismo, com o seu "solo incomparável, fazendo o violão chorar e rir" representa, seguramente, uma dolorosa perda para a cultura nacional", lê-se no comunicado.
Pessoa humilde e humanista, de grande coração – sublinha ainda o comunicado do MC – Lela Violão trabalhou em várias frentes, em quase todas as ilhas, tendo dedicado, no entanto, todos os seus momentos livres e toda a sua vida à música, que aprendeu aos oito anos de idade. O seu trabalho de marca, Caldo de Rabeca, testemunha isso mesmo.
Carpinteiro de profissão, Lela Violão trabalhou até aos 80 anos, feitos em Janeiro passado e, por isso, o Ministério da Cultura sente-se no dever de destacar esse ilustre nome do panorama musical caboverdiano, reconhecendo todo o seu talento e a valiosa contribuição que deu no enriquecimento da música e da cultura caboverdianas.
