Depois de Praia, Assomada e Mindelo, José Maria Neves apresenta o seu segundo livro “Cabo Verde: Gestão das Impossibilidades” na cidade de Funchal, Madeira, onde se encontra para participar no Encontro de Economia Criativa da Lusofonia.
Este “livro é o percurso de Cabo Verde, que era considerado um país impossível em 1975, quando ascendeu à independência. Um pequeno arquipélago, sem recursos naturais, seco, em processo de desertificação, um dos mais carentes do mundo em água”, disse o Primeiro – Ministro aos jornalista, destacando que todos consideravam ser “um país improvável”.
José Maria Neves sublinhou que, quarenta anos depois, Cabo Verde é um país possível. “Vencemos a seca, vencemos a fome e já não somos os ‘flagelados do vento leste’ como dizia o poeta. Hoje somos uma nação possível e estamos a construir novas possibilidades”, vincou.
Luís Amado, ex-ministro português dos Negócios Estrangeiros, que fez a apresentação da obra, destacou a importância da Madeira e de Cabo Verde ao nível da economia atlântica.
Luís Amado considera que o sistema atlântico vai assumir, neste século, grande importância, tendo em conta que é um “mar de paz”, quando comparado com o Mediterrâneo, o Pacífico e o Índico.
Ao fazer uma incursão à obra, Luís Amado afirma que tem como “pedra angular da visão do autor esta realidade vivida em 15 anos de experiência política ativa à frente dos destinos de Cabo Verde”.
O título, disse Luís Amado, “estranhamente ambígua, do meu ponto de vista, me surpreendeu mas, de alguma forma, nos ajuda a encontrar a chave para compreender a personalidade do político José Maria Neves, porque trata-se de um livro político, de um político”.
Para Luís Amado, a obra traz respostas que vão de encontro às inquietações do autor.
Antes de apresentação do livro, a música marcou presença com a atuação da cantora Celina Pereira, o mote ideal para falar do livro, já que a música é um dos pilares de desenvolvimento de uma economia criativa cada vez mais pujante em Cabo Verde.
