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IPC apresenta projeto “Museus Acessíveis”

O projeto será executado em todos os dez (10) museus sob tutela do IPC, entretanto, numa primeira fase as intervenções piloto serão realizadas no Museu Etnográfico da Praia a no Museu do Campo de Concentração do Tarrafal, por estes serem os dois museus mais visitados, recebendo cerca de 8.000 e 13.000 visitantes anuais respetivamente.

Enquadrado nas atividades alusivas ao dia Internacional dos Museus, o Instituto do Património Cultural através da Direção dos Museus apresentou nesta manhã, no Palácio Ildo Lobo o projeto “Museus Acessíveis”.

Um projeto piloto, que tem como objetivo melhorar o acesso à cultura, nomeadamente aos Museus, permitindo a plena fruição por parte dos visitantes portadores de deficiência física e/ou intelectual.

Segundo o quadro Jurídico dos Museus e Rede Museus de Cabo Verde estas instituições devem facultar o acesso regular ao público e fomentar a democratização da cultura, a fruição dos bens culturais, a promoção da pessoa e o desenvolvimento da sociedade.

Para tal, pretende-se com o projeto corrigir e/ou eliminar sempre que possível, todo e qualquer tipo de barreiras (físicas, visuais, auditivas e ou psicológicas, etc.) no acesso aos museus, permitindo que todas as pessoas possam usufruir de igual forma dos bens culturais incorporados no museu independentemente da sua condição, física, intelectual ou social.

Por outro lado, este tipo de intervenção, pela diversidade de mecanismos de interpretação tendem a tonar os conteúdos mais acessíveis ao público em geral.

Estruturado em duas partes, o projeto “Museus Acessíveis”, irá focar-se na eliminação/correção dos obstáculos arquitetónicos/ físicos e melhorar os suportes e mecanismos de interpretação dos acervos.

No que tange às barreiras físicas as intervenções identificadas mais urgentes vão desde o acesso exterior, nomeadamente criação de rampas de acesso e/ou regulamentação dos pisos; substituição/ redimensionamento de portas; rebaixamento da inclinação de escadas; colocação de corrimão nas escadas; colocação de elevadores/ plataformas; criação ou adaptação das casas-de-banho; adaptação dos expositores; balcões, mesas e cadeiras mais adequadas, etc.

Quanto aos obstáculos de comunicação pretende-se trabalhar em todo o discurso expositivo, através da adequação das vitrines/ suporte expositivo visíveis a pessoas em cadeiras de rodas e pessoas de baixa estatura; aumento do tamanho das letras dos textos e legendas (letras ampliadas), adaptação dos textos e legendas para braille, tradução do conteúdo para língua gestual (janelas de libra), colocação de sinaléticas visíveis, utilização de áudio-guias, colocação de avisos sonoros e visuais, isto é, tornar os museus mais sensoriais e emotivos e que de uma forma geral os tornam mais dinâmicos e atrativos para o público com essas limitações.

O projeto será executado em todos os dez (10) museus sob tutela do IPC, entretanto, numa primeira fase as intervenções piloto serão realizadas no Museu Etnográfico da Praia a no Museu do Campo de Concentração do Tarrafal, por estes serem os dois museus mais visitados, recebendo cerca de 8.000 e 13.000 visitantes anuais respetivamente.