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Instituto de Estradas esclarece população de Ribeira de Campanas

O Instituto de Estradas vem esclarecer por este meio à comunicação social e à sociedade civil sobre a situação de derrocada na zona de Ribeira de Campanas, concelho de São Filipe, na ilha do Fogo, que motivou no domingo, uma manifestação popular.

É importante frisar que a derrocada ocorreu a 4 de janeiro e logo 15 dias depois a via foi aberta ao trânsito, ainda que de forma condicionada. No entanto, estamos a falar de mais de 30 mil toneladas de material rochoso que é preciso remover com recurso a equipamentos pesados e em condições difíceis.

As dificuldades várias prendem-se com a inexistência de meios disponíveis na ilha, nomeadamente camiões e equipamentos pesados, o que obrigou à mobilização dos mesmos a partir da ilha de Santiago, e ainda a identificação de vazadouros para depositar esse material, considerando os aspetos ambientais.

Ultrapassadas as dificuldades, os trabalhos de remoção vêm decorrendo normalmente embora com períodos de suspensão, atendendo à natureza e instabilidade do talude. A permissão de circulação de viaturas associada à queda frequente de materiais rochosos obriga à utilização de uma metodologia diferente, dificultando o avanço dos trabalhos a um ritmo mais acelerado.

Quanto à questão do abastecimento de água levantada pelos populares, o IE vem esclarecer o seguinte: o sistema de abastecimento de água situado nas imediações do local da derrocada foi igualmente danificado.

A Água Brava, empresa responsável por esse abastecimento solicitou a autorização do instituto para a abertura de um buraco no eixo da estrada para fazer uma ligação provisória. Depois desse pedido, o IE decidiu autorizar a empresa a avançar com a solução proposta, que aliás já está em curso.

Quanto às acusações infundadas da ausência do Instituto de Estradas no local somos a esclarecer que o IE tem um contrato com a empresa que está a executar os trabalhos de remoção dos materiais e que é a responsável pela manutenção das estradas na ilha do Fogo.

Além disso, no dia seguinte à derrocada deslocou à ilha um engenheiro do IE para junto com a equipa técnica da Câmara Municipal encontrar a melhor solução para o problema e, desde então tem havido deslocações frequentes ao Fogo de engenheiros do IE para acompanhar o andamento dos trabalhos.

O Instituto de Estradas juntamente com o empreiteiro no local não tem poupado esforços no sentido de concluir os trabalhos com a maior brevidade possível, embora condicionados pela instabilidade da encosta, com queda frequente de materiais.