O projeto, MACBIOPEST - Biopesticidas Botânicos da Macaronésia: investigação e saber popular vai contribuir significativamente para resolver ou minorar um dos problemas mais urgentes da nossa sociedade, que se prende com a obtenção de agentes fitossanitários mais eficazes e seguros, tanto do ponto de vista sanitário como ecológico, e que contribuam para um crescimento sustentável e melhorar o rendimento das famílias.
Conforme a presidente do INIDA, Ângela Moreno, trata-se de uma formação muito importante, na medida em que vai permitir a Cabo Verde reforçar a sua capacidade de fazer uma luta integrada que também seja ecológica e ambientalmente, mais aceite.
“Nos últimos anos, temos estado a promover uma luta biológica, ou seja, a produção de inimigos naturais, e neste momento o país conta com 3 biofábricas de produção de inimigos naturais para minimizar o uso de produtos químicos”, disse Ângelo Moreno, adiantando que está a decorrer o treinamento de um grupo de técnicos, investigadores, “de forma a criar uma mentalidade, estruturas e meios para apostarmos fortemente na luta biológica recorrendo a biopesticidas, que são produzidas com base no estrato de plantas ou outros tipos de materiais como bactérias e funcos”.
A Presidente do INIDA adiantou ainda, que para fazer este seminário ao longo do projeto MACBIOPEST, o referido Instituto fez um inquérito junto dos agricultores da ilha de Santiago para perceber o que eles usam naturalmente para combater as pragas, e partir daí fazer-se um cruzamento entre aquilo que se conhece a nível científico com aquilo que o agricultor conhece da sua vida prática, do seu saber tradicional, conhecimento popular.
“Esta formação é exatamente isso, o cruzamento do saber popular com o científico para tirar uma resposta mais robusta e consistente da luta biológica em Cabo Verde”, disse.
O projeto, MACBIOPEST – Biopesticidas Botânicos da Macaronésia: investigação e saber popular vai contribuir significativamente para resolver ou minorar um dos problemas mais urgentes da nossa sociedade, que se prende com a obtenção de agentes fitossanitários mais eficazes e seguros, tanto do ponto de vista sanitário como ecológico, e que contribuam para um crescimento sustentável e melhorar o rendimento das famílias.
Desde o seu lançamento em 2019, e através do INIDA, Cabo Verde tem estado ativo na recolha e preparação de amostras de plantas (Menta piperita e Salvia eagyptiaca) e o seu envio às Canárias para extração de substâncias biopesticidas. Nessa atividade, o INIDA recolheu a espécie Menta piperita que já foi processada e enviada ao laboratório de La Laguna para extração de substância ativa.