A população da ilha da Boa Vista vai poder finalmente contar, daqui a 18 meses, com um novo liceu com as melhores condições para a melhor educação dos seus filhos, realizando um sonho e uma reivindicação antiga. O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, acompanhado da Ministra da Educação e Desportos, Fernanda Marques, presidiu o acto de lançamento da primeira pedra que marca o início das obras desta importante infra.estrutura.
O próprio, José Maria Neves reconhece ser esta uma reivindicação antiga e uma promessa que só agora vai cumprir-se por imposição das limitações financeiras do próprio país, mas que agora, finalmente. Vai-se concretizar.
A construcção deste liceu, orçado em em 170 mil contos cabo-verdianos, está inserida num pacote de financiamento assinado recentemente e, cujas adjudicação das obras foi assinado a 14 de Março ultimo, com os fundos Àrabes e Sauditas no valor global de aproximadamente 960 milhões de escudos, para a edificação deste e dos liceus da Barva e de Tarrafal de São Nicolau, completando assim, como realçou José Maria Neves, o ciclo de construcção de escolas secundárias no país.
“Demos passos enormes no domínio da educação, ou seja, o que tínhamos em 1975 e o que temos hoje, dá-nos a dimensão do percurso que fizemos neste Cabo Verde independente, mas particularmente no domínio da educação”, sublinha Neves.
Também a Ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, frisa a importância do acto e desta futura infra-estrutura para o desenvolvimento da ilha e da educação no país em geral, relançando, porém, o desafio da melhoria contínua da qualidade nas nossas escolas.
“Desafio-os a continuarem a construir aquela escola que todos queremos e necessitamos, que produz cidadãos empreendedores, respeitadores dos direitos humanos, aquela escola que fará com que a Boa Vista se desenvolva em plenitude, naquilo que é o triângulo mágico da educação, formação e emprego”, frisou.
Recorda-se que o complexo que hoje alberga os cerca de 640 alunos que frequentam o ensino secundário na ilha actualmente, já há muito tempo que não consegue responder à demanda de uma das ilhas que mais cresce, em termos económicos e populacional, no país, sendo que desde a sua construcção em 1996 nunca foi remodelada ou ampliada, estando em avançado estado de degradação como mostram as recentes dificuldades com as últimas chuvas.