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III Cimeira Portugal/Cabo Verde termina em grande

III Cimeira Portugal/Cabo Verde termina em grande-Cabo Verde e Portugal assinaram hoje, quarta-feira, em Lisboa, 11 instrumentos de cooperação em diversas áreas, no âmbito da III Cimeira bilateral, em que o mar esteve no centro das atenções e como desígnio estratégico dos dois países.

Os dois Governos elegeram o mar como tema da cimeira, um desígnio estratégico comum e um vasto reservatório de potencialidades, agora alargado pelos processos de expansão das respectivas plataformas continentais e pela celebração, ao longo dos últimos anos, de diversos instrumentos de cooperação bilateral nesta área.

“É o mar que há de levar-nos ao futuro”, afirmou José Maria Neves, que falava na conferência de imprensa conjunta no final da III Cimeira Portugal /Cabo Verde.

“Nós queremos aqui aproveitar todas as potencialidades ligadas ao mar para fazer crescer a nossa economia e garantir a sua inserção competitiva na economia global. Espero que entre os dois Governos e com a participação activa de empresas e universidades possamos desenvolver o que chamamos em Cabo Verde o `hipercluster` do mar”, enalteceu.

Com a expansão da plataforma continental, o território marítimo cabo-verdiano será no futuro 2 000 vezes o território terrestre.

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, classificou as relações bilaterais de “nível de excelência”.

“Cabo Verde e Portugal têm cooperado em domínios sensíveis de desenvolvimento dos nossos dois países, com um impacto grande na transformação de Cabo Verde, que é hoje um país de rendimento médio e devemos esse percurso em grande parte à parceria e contribuição estratégica de Portugal para a transformação das nossas ilhas”, salientou.

José Maria Neves defendeu que “as áreas do agronegócio, das energias renováveis, das economias criativas são as áreas do futuro” em que os dois países devem “continuar a cooperar”, envolvendo não só os governos, mas também as universidades, organizações não-governamentais, fundações, empresas e sociedade civil.

Por seu lado o Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho afirmou que “foi dada continuidade à nossa cooperação bilateral, com a decisão de iniciar já a negociação com vista ao novo programa de cooperação para 2016-2019. Esse novo quadro contratual irá privilegiar áreas como a educação, a saúde, a segurança e a justiça, a energia e questões ligadas ao mar”.

A cooperação futura, adiantou o Chefe do Executivo português, “alinhará as suas prioridades com o documento estratégico de crescimento e de redução de pobreza de Cabo Verde, bem como com o conceito estratégico de cooperação portuguesa até 2020”.

Passos Coelho salientou que o encontro “permitiu constatar a excelência das relações bilaterais entre os dois governos e entre os dois estados”, destacando que a parceria estratégica entre Lisboa e Praia é “uma parceria privilegiada”.

José Maria Neves defendeu que “as áreas do agronegócio, das energias renováveis, das economias criativas são as áreas do futuro” em que os dois países devem “continuar a cooperar”, envolvendo não só os governos, mas também as universidades, organizações não-governamentais, fundações, empresas e sociedade civil.

Nas declarações aos jornalistas no final da cimeira, Passos Coelho destacou o papel da comunidade cabo-verdiana – com cerca de 42.500 imigrantes, a segunda maior em Portugal -, e afirmou que a sua “plena integração” é uma das prioridades comuns, tendo merecido um protocolo de cooperação com este objectivo.

A erupção do vulcão na ilha do Fogo esteve, também em desta durante a III Cimeira.