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Hospital Universitário Agostinho Neto apresenta primeiros ensaios Clínicos em Imuno-histoquimica realizado com sucesso em Cabo Verde

“Queremos com este ensaio ganhar em termos de tempo e acreditamos que esta é uma nova etapa em que terem os menos custos com envio de amostras para Portugal, vamos ganhar também em termos de custos intangíveis que é o sofrimento e a dor para as famílias”, enfatizou.

A administração do Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN) apresentou na passa terça-feira, 26, á imprensa, os resultados dos primeiros ensaios realizados no Centro de Investigação daquela unidade de saúde na Praia. Durante o encontro, o Presidente do Conselho de Administração do HUAN, Imadoêno Cabral, destacou mais esta conquista para o sistema nacional de Saúde, e falou em “grande orgulho” para o maior Hospital nacional poder resolver internamente os problemas de saúde, sobretudo nesta área em que, em cada quatro doentes diagnosticados com cancro da mama, mais de 50% são diagnosticados na fase 3 e 4.

“Queremos com este ensaio ganhar em termos de tempo e acreditamos que esta é uma nova etapa em que terem os menos custos com envio de amostras para Portugal, vamos ganhar também em termos de custos intangíveis que é o sofrimento e a dor para as famílias”, enfatizou.

No seu turno a Coordenadora do Programa Nacional de Luta contra o Cancro, Diretora do Serviço de Anatomia de Hospital Universitário Agostinho Neto, Carla Barbosa reconhece um grande passo na medicina a nível nacional, para quem a realização destes estudos na Cidade da Praia significa poupança para as famílias, uma vez que os ensaios eram realizados no exterior e às custas do paciente, sublinhou.

“A partir de agora nós estamos a trabalhar para validar este estudo no hospital, para que os nossos doentes, com diagnóstico de cancro de mama, tenham um tratamento adequado”, informou a médica.

Segundo Pamela Borges, investigadora principal do referido projeto, este visa dar suporte e promover, não só, o diagnóstico do cancro da mama aqui no País, mas também fomentar a investigação básica, mas com possibilidade de a estender para outros tipos de cancro.

De realçar que este projeto conta com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, no valor de 150 mil euros.