Uma Delegação da Greenpeace África encontra-se em Cabo Verde com o intuito de apresentar a Campanha dos Oceanos e buscar parcerias junto do Governo nas questões relacionadas à exploração sustentável de recursos naturais. A mesma delegação foi recebida na tarde desta quinta-feira, 08 de dezembro, pelo Ministro dos Assuntos Parlamentares, da Presidência do Conselho de Ministros e Ministro do Desporto, Fernando Elisio Freire.
A Greenpeace é uma organização internacional não governamental cujo objetivo é mudar atitudes e comportamentos, para defender o meio ambiente e promover a paz. Promove o uso sustentável dos recursos naturais, a conservação ambiental e fornece soluções que contribuem para a proteção e promoção da paz através das suas campanhas globais.
De acordo com o representante da delegação da Greenpeace, Ibrahima Cissa, a organização está cá em Cabo Verde com o propósito de promover a Campanha dos Oceanos que decorrerá já no primeiro trimestre de 2017. “Pretendemos estabelecer um contacto com as autoridades cabo-verdianas que poderão ajudar na organização dessa campanha, acima de tudo, porque ainda não existe uma representação nossa no País, bem assim sensibilizar as pessoas (crianças, escolas e a sociedade civil em geral) sobre a importância da proteção do ambiente e do bom uso dos nossos oceanos”.
Aquele representante avançou que deverá chegar em Cabo Verde, em meados do mês de fevereiro próximo, o navio “Esperanza” conhecido como Escola Ambiental, cujo objetivo principal é promover a educação ambiental, “pois o nosso compromisso é deixar o planeta terra melhor do que encontramos, promovendo a Cidade verde, plantações de árvores, diminuir o excesso de plásticos, particularmente nos oceanos”.
Segundo Ibrahima Cissa, a Greenpeace traz o viés de regulamentação sobre o ambiente com o intuito de trabalhar em parceria com o Governo de Cabo Verde e com as organizações ligadas à pesca para uma melhor regulamentação da área.
Uma vez que a campanha é voltada para a questão dos oceanos, a Greenpeace pretende colaborar com as associações de pescadores e peixeiras, no sentido de promover a sua atividade piscatória de forma a proteger melhor a nossa orla marítima, assegurou Ibrahima Cissa.
“O problema dos oceanos é global, se hoje as glaciais estão a derreter é porque poderá ter um impacto futuro, também, em Cabo Verde, sendo um país rodeado pelo oceano. Ou seja, a alteração climática não é algo isolado, mas global, por isso a nossa vinda a este arquipélago é para alertar acerca deste problema específico e sobre todos os problemas que dizem respeito ao ambiente, desde a poluição, a pesca ilegal”, sustentou o responsável.
Apesar de não ter uma representação física em Cabo Verde, a chegada do navio “Esperanza” em fevereiro próximo, com os contactos já estabelecidos e colaborações já criadas, a Greenpeace estará a dar os primeiros passos no arquipélago e espera ter uma presença mais forte no País, acreditando que daqui a algum tempo a organização será uma realidade em Cabo Verde.
De referir que no âmbito da Campanha dos Oceanos, o Navio “Esperanza” irá visitar inicialmente 7 países da África, sendo Cabo Verde, Mauritânia, Gambia, Guiné Bissau, Guiné Conacri, Serra Leoa e Senegal.
