No quadro das relações de cooperação entre o nosso país e o Japão, o Embaixador Nipónico em Cabo Verde com residência em Dacar, Tatsuo Arai e o Embaixador de Cabo Verde em Dacar, Inácio Felino de Carvalho, em representação do Governo, assinaram ontem, 11 de março, o Acordo por Troca de Notas referente ao adiamento por um período de um ano o pagamento do serviço da dívida bilateral do nosso país, com este parceiro de desenvolvimento, orçado em 78,2 milhões de ienes, o equivalente a aproximadamente 67 milhões de escudos.
No quadro das relações de cooperação entre o nosso país e o Japão, o Embaixador Nipónico em Cabo Verde com residência em Dacar, Tatsuo Arai e o Embaixador de Cabo Verde em Dacar, Inácio Felino de Carvalho, em representação do Governo, assinaram ontem, 11 de março, o Acordo por Troca de Notas referente ao adiamento por um período de um ano o pagamento do serviço da dívida bilateral do nosso país, com este parceiro de desenvolvimento, orçado em 78,2 milhões de ienes, o equivalente a aproximadamente 67 milhões de escudos.
De referir, que este acordo se insere na Iniciativa de Suspensão da Dívida, aprovada em 2020 pelo G20 e endossada pelos países credores membros do Club de Paris, através do Memorando de Entendimento sobre o tratamento do serviço da dívida de Cabo Verde, assinado em 12 de agosto de 2020, “para ajudar” o país “na luta contra as consequências provocadas pela pandemia da covid-19”.
O referido evento foi presidido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Rui Alberto de Figueiredo Soares, via videoconferência, que durante a sua intervenção
reiterou os votos de reconhecimento do Governo e do povo japonês pela expressividade de solidariedade e empenho demonstrada a Cabo Verde, através de financiamentos de várias ações em setores chaves da economia cabo-verdiana.
Segundo o governante, Cabo Verde pretende promover a participação de empresas japonesas na Zona Económica Especial Marítima de São Vicente (ZEEM-SV), e transformar o país numa plataforma marítima e logística no atlântico.
“Destaco nomeadamente a iniciativa recente entre os dois países, de nomear cônsules honorários nas respetivas capitais, interesse nacional em promover a participação de empresas japonesas na zona económica marítima especial de São Vicente, “projeto simbólico” para explorar a zona económica exclusiva e transformar Cabo Verde numa plataforma marítima e logística no atlântico”, sublinhou.
Para além dessas constatações, avançou que no quadro da iniciativa do G20, Cabo Verde pretende que seja renegociada a sua dívida, mas também “um perdão mesmo que parcial” para permitir ao Governo redirecionar o montante para financiar atividades “mais iminentes” provocadas pela pandemia da covid-19.
Ainda, acrescentou que o Governo de Cabo Verde tem desenvolvido iniciativas de diálogo político/diplomático ao mais alto nível com altas entidades japonesas. “Há vontade e determinação do Governo, em continuar a trabalhar com o intuito de elevar cada vez mais as relações de cooperação e amizade entre Cabo Verde e Japão”, concluiu Rui Alberto de Figueiredo Soares.
Por seu lado, o embaixador Arai Tatsuo considerou que a iniciativa da suspensão dos serviços da dívida constitui “um passo importante”, na medida em que irá ajudar Cabo Verde, a “melhorar a transparência e a gestão da dívida”, direcionando os recursos disponibilizados através desta iniciativa, para elevar as despesas, a fim de mitigar os impactos económicos, sociais e sanitárias gerados pela crise da pandemia da covid-19.
Recorde-se que Japão tem sido um dos principais parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde, tendo em conta o número e impacto das ações de cooperação desenvolvidas em vários setores de entre os quais: as pescas, as telecomunicações rurais, a ajuda alimentar regular, a assistência técnica e o acolhimento de estagiários para formações de curta duração e o crédito bonificado.