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Governo realiza auditoria para identificar medidas em relação à TACV

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, anunciou esta quarta-feira que o Governo está a realizar uma auditoria junto à TACV face à situação financeira delicada da empresa, para identificar as medidas mais adequadas a tomar para reverter este quadro e dar continuidade ao processo de reestruturação e possível privatização da companhia aérea de bandeira nacional. Medidas essas que serão anunciadas na próxima semana.

neves angola1A novidade foi avançada hoje pelo Primeiro-Ministro durante uma conferência de imprensa hoje para falar da sua deslocação no final desta noite a Angola, e que vem na sequência do encontro que manteve ontem com uma representação da Associação dos Pilotos da TACV.

José Maria Neves avançou que o Governo já mandou realizar uma “profunda” auditoria que possa levantar qual é a real dimensão das dificuldades financeiras da empresa e que possa auxiliar à melhor tomada de decisões no sentido de reverter a situação, que considera “muito difícil e complexa”, e garantir a continuidade do processo de reestruturação da companhia nacional.

“O que nós estamos a fazer é uma auditoria à empresa para identificar precisamente a situação real da tesouraria e a partir daí tomarmos as medidas para estabilizar a empresa”, sublinha.

E acrescenta que “há neste momento uma ruptura de tesouraria, tendo em conta que os gastos da empresa são muito superiores às receitas e, precisamente por isso, a TACV está a passar por uma grande turbulência, o que exige a conjugação de esforços do Governo, do conselho de administração e de todos os colaboradores da empresa”, apela. O certo é que as soluções passarão “necessariamente pela restruturação da empresa e eventualmente pela privatização”.

Assim como no encontro com a Associação dos Pilotos da TACV, ontem, o Chefe do Executivo reforçou o compromisso do Governo para com a estabilização da TACV e sublinhou que o Governo tem feito um “esforço muito grande” para encontrar um parceiro para a privatização da empresa.

Entretanto, é um processo que não tem-se revelado fácil devido à reduzida dimensão e à situação da TACV e “que não suscita muito interesse de outras empresas”.