De acordo com o Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, que se encontra numa visita de dois dias a Washington DC, o Governo está a preparar um Programa que permite aos cabo-verdianos e descendentes de cabo-verdianos, que tenham uma profissão na qual Cabo Verde tem necessidade, nomeadamente em medicina, engenheira, alta gestão, e outras áreas, exercer a mesma atividade em Cabo Verde, sem qualquer constrangimento.
A ideia é criar mecanismos que permitem uma relação profissional fácil com Cabo Verde. “Teremos, eventualmente, que fazer alguma alteração na lei, no sentido de facilitar essa atividade”, apontou o Primeiro-ministro, sublinhando a importância que o seu Executivo atribui a uma maior integração da Diáspora cabo-verdiana, que como embaixadores que são, possam dar o seu contributo no desenvolvimento do país.
Tanto o é que, acrescentou Ulisses Correia e Silva, pretende-se que os emigrantes cabo-verdianos possam desenvolver lobbies, de modo a captar mais investimentos para Cabo Verde. “Acreditamos conseguir isso através dos nossos cabo-verdianos muito bem integrados nos Estados Unidos, à semelhança do que o Israel conseguiu, durante muitos anos”.
O Chefe do Executivo cabo-verdiano falava durante uma receção com as comunidades cabo-verdianas radicadas em Virgínia, Washington e Maryland, que decorreu na Embaixada de Cabo Verde em Washington, este domingo, 24. Durante o encontro, foi ainda reafirmado a pretensão de Cabo Verde reforçar o desenvolvimento “de mecanismos eficazes de cooperação com os Estados Unidos da América, ao nível da consolidação da democracia, da melhoria do ambiente de negócios, da paz e da segurança no mundo, e da promoção do investimento privado americano no arquipélago. “São relações seculares que devemos preservar e desenvolver” considerou.
De realçar que um dos pontos principais da visita do Primeiro-ministro a Washington DC, tem a ver com a assinatura, na tarde de hoje, 25 de setembro, do acordo SOFA. Um acordo que define o estatuto das Forças Armadas norte-americanas em território cabo-verdiano, por ocasião de exercícios militares conjuntos. O documento será assinado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares.