O Governo de Cabo Verde quer a participação de todos os atores sociais e políticos na prospeção em relação ao futuro do nosso país, conforme afirmações do Ministro das Finanças, Olavo Correia, no ato de abertura oficial do Workshop sobre Aplicação do “Foresight” no planeamento sustentável de Cabo Verde, que teve lugar esta manhã, na cidade da Praia.
O Ministro explicou que a meta do Governo é ter uma visão coletiva, em relação aquilo que deve ser o país nos próximos anos. “Procuramos trazer essa ambição para o próximo Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) 2017-2021. Este processo tem que ser abrangente, tem que ser inclusivo. Temos de levar todos a participar e a colocar na mesa as suas ambições, as suas expectativas e podemos, a partir daí, construir uma visão conjunta e partilhada”.
Neste sentido, Olavo Correia realça a importância da realização do Workshop “Foresight”, que no seu entender, vai permitir que todos em conjunto possam definir as estratégias para o futuro de Cabo Verde.
O Foresight enquadra-se numa dinâmica que o Governo quer imprimir ao sistema de Planeamento, “incorporando as melhores práticas que existem em relação a esta matéria e aprendendo com experiências mais desenvolvidas e mais sofisticadas”, referiu.
Olavo Correia explicou ainda que este Workshop sobre Aplicação do “Foresight”, não se trata apenas de um exercício teórico, mas sim prático envolvendo as chefias intermédias e técnicos sénior da Administração Pública cabo-verdiano, técnicos que estejam envolvidos na matéria do Planeamento, mas que têm responsabilidades ao nível setorial, e ao nível municipal e ao nível do setor privado.
Para o tutelar da Pasta das Finanças, esta iniciativa do Governo representa um “espaço importante para articularmos as nossas visões, para conciliarmos as nossas ambições para que possamos trocar experiências em relação aquilo que é o nosso olhar em relação futuro de Cabo Verde e podermos, a partir daí, construir uma visão conjunta”.
Os objetivos preconizados com esse Workshop, em primeiro lugar, é introduzir os princípios e as ferramentas de análise prospetivas, que é importante para que se possa avançar para projetos mais sectórias e mais regionais. Em segundo lugar “queremos com esta iniciativa identificar oportunidades estratégicas futuras, mas também, os desafios e os riscos para atingir os objetivos delineados, que devemos ter sempre presentes no processo do Planeamento”, elencou o Ministro.
Por outro lado, o Governo quer, com esta iniciativa, identificar áreas políticas prioritárias, mas também identificar as capacidades de Cabo Verde de ser resiliente e de ter políticas integradas e coerentes, alinhadas com o próprio Programa de Governação.
“Temos também a oportunidade de poder explorar e identificar as estruturas governamentais existentes e/ou necessárias para apoiar na implementação dos objetivos estratégicos que conjuntamente iremos definir”, salientou Olavo Correia, no seu discurso.
Por sua vez, a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson, afirmou que “este exercício prospetivo que começamos hoje, representa a primeira fase do processo do planeamento, que vai proporcionar uma ampla visão estratégica, que permite estabelecer metas que contribuam para uma visão além do período do PEDS, muitos resultados que podem ser criadas com uma visão que vai além destes cinco anos. Nós vemos isso com uma pedra para a construção de um Cabo Verde que inclusive a todos”, afirma.
O Workshop sobre Aplicação do “Foresight” no planeamento sustentável de Cabo Verde, acontece de hoje, 30 de janeiro a 3 de fevereiro, na capital do país.
