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Governo quer construir maiores oportunidades de emprego e qualificações com o ensino técnico-profissional

“O capital humano é de facto essencial das transformações, não só em Cabo Verde, mas em qualquer parte do mundo”, referiu, daí ser intenção do Executivo “posicionar Cabo Verde com uma economia de conhecimento e de aprendizagem” e o país como “um Hub da formação profissional”.

O Primeiro Ministro, Ulisses Correia e Silva, reafirmou esta manhã que o Governo quer construir maiores oportunidades de emprego, qualificações e competências com o ensino técnico-profissional para aumentar o potencial e o crescimento económico do país. O Chefe do Executivo fez essas declarações na abertura do Fórum sobre a Qualidade da Formação Técnica e Profissional em Cabo Verde, organizado pela Direcção Geral do Emprego.

“O capital humano é de facto essencial das transformações, não só em Cabo Verde, mas em qualquer parte do mundo”, referiu, daí ser intenção do Executivo “posicionar Cabo Verde com uma economia de conhecimento e de aprendizagem” e o país como “um Hub da formação profissional”.

Daí a aposta do Governo no acesso à Educação e “não deixar ninguém para trás”. Nenhuma criança pode ficar fora do sistema do ensino e a começar pelo pré-escolar. “Assumimos a gratuitidade do Ensino Básico e do Secundário, precisamente, para remover as barreiras que existiam até há pouco tempo relativamente às famílias menos procedentes e com menos rendimentos, a fazerem um esforço adicional para pagamento das propinas, de acesso e frequência ao ensino”.

No Ensino Superior, o sistema de bolsas de estudos veio criar mais condições para que a oferta interna no país possa também cobrir as necessidades que ainda existe dos estudantes que têm de sair para fazer as suas formações no exterior.

De acordo com o Primeiro Ministro, já no OE 2023 o Governo deu uma resposta em relação à investigação, desenvolvimento e inovação. “Temos vindo a aumentar o nível de afetação de recursos e o INIDA é um bom exemplo desse investimento, desde 2020, que duplicamos o valor de investimentos e de transferência para o Instituto”.

No ensino técnico-profissional, Cabo Vede tem uma experiência antiga nesta área, em S. Vicente, a Escola Técnica onde existe um conjunto de valências e competências em diversas áreas e com grandes possibilidades de saídas profissionais para quem queira continuar com o sistema de ensino.

Ainda segundo Ulisses Correia e Silva, é preciso ter em atenção o efeito da Formação Profissional a nível da criação de oportunidades de emprego e empreendedorismo que tem sido muito elevado. “Entre 70 a 75% de taxa de empregabilidade”, adiantou. Não só a trabalhar por conta de outrem, mas por conta própria e a ter possibilidade de manter um pequeno negócio, enquadrado dentro do ecossistema financeiro, fiscal e de financiamento. “Temos de reforçar e ganhar mais escala para reduzir as assimetrias entre as ilhas”, acrescentou, apontando igual oportunidade para os jovens da ilha Brava, Boa Vista ou outra.

“A sustentabilidade também é importante”, sublinhou. Conforme disse no seu discurso de abertura do Fórum, “o Governo prevê, anualmente no OE, valores elevados porque a maior parte dos cursos de formação profissional são subsidiados, de uma forma geral, mas de uma forma muito particular para os jovens que vêm de famílias mais pobres”. Por isso, o apelo, “a uma maior intervenção de sector privado na oferta de formação profissional e criação de condições para que todos possam ter acesso, onde o Estado estará presente, seguramente, até para compensar aqueles que têm menos posses e capacidade de fomentar esses cursos”.

O Chefe do Governo iniciou a sua intervenção no evento, destacando e agradecendo a parceria com a cooperação Luxemburguesa, “um parceiro de referência na formação profissional”, com Portugal, o Banco Mundial e outros.