O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, justificou hoje – à margem de uma visita efectuada a algumas empresas em São Vicente – a redução de investimentos públicos, como deu conta o relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Económico da África de 2014, com o facto de ter-se já cumprido o essencial do que é o programa de investimentos públicos em termos de infra-estruturas, estando o Governo agora num processo de redução gradual de tais investimentos.
Segundo o referido relatório os investimentos públicos reduziram de 18.1% para 1% neste ano, um facto que não preocupa o Primeiro-Ministro que, perante o questionamento dos jornalistas explica que se está neste momento num processo normal e necessário, porém gradual dos investimentos públicos.
Necessário porque é preciso controlar os níveis de endividamento para que se mantenham dentro dos parâmetros suportáveis, e normal porque neste momento, como explica José Maria Neves. “O essencial do processo de infraestruturação já está feito”, referindo-se aos portos, aeroportos, estradas, energia, água, saneamento, etc.
Todavia, esclarece o Primeiro-Ministro, o Governo terá de continuará a desenvolver, nos próximos anos, outras infra-estruturas importantes para o desenvolvimento, mas, acrescenta que “tendo em conta o nível de endividamento, a necessidade do Estado criar as condições para o investimento privado, estamos num momento de redução gradual dos investimentos públicos, reduzindo o deficit, reduzir a dívida e ir investindo em função das possibilidades financeiras do país”.
Questionado da possibilidade desta referida redução dos investimentos poder ter um efeito negativo no desenvolvimento das ilhas ditas “mais periféricas”, nas palavras do jornalista, Neves sublinha o referido facto de já se ter investido no essencial das infra-estruturas básicas, muitas delas já concluídas ou na fase final de execução, dando o exemplo dos portos em que só faltam modernizar os portos de Tarrafal de São Nicolau e do Maio, que deverão iniciar brevemente. Isso para dizer que esta opção não deverá afectar as várias ilhas, devendo-se agora privilegiar as parcerias público-privadas”.
Em relação às visitas efectuadas hoje às empresas Afropans (têxtil), Sociave (aviário) e à padaria industrial Vitória, Neves pôde conferir as perspectivas optimistas dessas empresas quanto ao presente e futuro, reforçando a ideia de que a indústria em São Vicente estará a “renascer e a crescer”.
Segundo Neves já “há um ambiente mais favorecedor do desenvolvimento industrial” e consequentemente “já há sinais claros” de “retoma” de actividades industriais e com fortes perspectivas de geração de emprego.
O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, visitou hoje algumas empresas em São Vicente, dando continuidade ao programa que tem realizado por estes dias da sua visita à ilha do Monte Cara, tendo-se inteirado do seu funcionamento, reforçando a sua opinião de que “já há sinais” claros de retoma da actividade empresarial e industrial nesta ilha e na região Barlavento, sendo de prever a criação de alguns milhares de postos de trabalho nos próximos anos com o surgimento de novas empresas.
Nesta sexta-feira José Maria Neves foi a visitar