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Governo indica nome de João Serra para Governador do Banco Central

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, confirmou hoje, em conferência de imprensa, que o ex-ministro das Finanças e ex-PCA da SDTIBM, João Serra, vai ser afinal o novo Governador do Banco central de Cabo Verde (BCV), substituindo no cargo Carlos Burgo.

J serraJosé Maria Neves falava numa conferencia esta manhã de análise e discussão sobre o mau ano agrícola em perspectiva, quando abordado sobre este facto sobre o alegado “volte face” em relação à indigitação do novo Governador do Banco de Cabo Verde, depois que já tinha avançado o nome do ex-Ministro do Turismo, Indústria e Energia, Humberto Brito.

Ainda que Neves e o Governo tenham entendido, apoiado em pareceres jurídicos favoráveis, que a indigitação de Brito não constituía nenhuma ilegalidade, não podendo ser enquadrada na nova Lei de Quadros já que o BCV é mais do que um simples órgão regulador, o Governo, explica Neves, entendeu reconsiderar a sua decisão atendendo que não se tratava de uma questão consensual entre a classe jurídica para evitar mais ruídos e que a indefinição perante a ocupação de tão importante cargo se arrastasse por mais tempo.  Chefe do Governo reitera ainda que a situação no BCV é estável ainda assim, sendo que para além das dificuldades com a “crise internacional” “não há crise” naquela instituição.

O Primeiro-Ministro acredita que o nome de João Serra seja capaz de gerar maior consenso e mostra confiança nas capacidades do agora indigitado para fazer uma gestão competente do BCV. Serra, recorda Neves, foi inclusive o primeiro nome cogitado pelo Executivo para ocupar a vaga deixada por Carlos Burgo e só não se avançou para esta solução na altura porque Serra se mostrara indisponível então por ordens de saúde que, entretanto estão ultrapassadas, estando agora em condições de assumir plenamente o cargo.

Resta agora cumprir com os trâmites legais, nomeadamente a auditoria no Parlamento para que João Serra possa, a partir daí, ser considerado oficialmente o novo Governador do Banco Central.

Quanto a Humberto Brito, o Primeiro-Ministro reitera a confinaça nas suas capacidades para assumir qualquer alto cargo no futuro, “seja no sector público ou privado”.