“Todos os trabalhadores do Novo Banco serão breve e prontamente indemnizados nos termos da lei”, esta é a garantia dada pelo Ministro das Finanças, Olavo Correia, que falava na manhã desta sexta-feira aos jornalistas quanto ao processo de alienação do Novo Banco.
“O Banco Central está a trabalhar nisto e temos uma dotação orçamental para o efeito. Pelo que não haverá nenhuma dificuldade na resolução desta matéria”, realçou o Titular da Pasta das Finanças, ao reafirmar que “todas as condições estão reunidas para que se possa gerir este dossier com toda a naturalidade”.
Olavo Correia aproveitou para pedir a compreensão dos cerca de 50 trabalhadores do Novo Banco e enfatiza que “não têm nenhuma culpa no processo”. Entretanto, defende que “o Estado não podia continuar a injetar recursos que não dispõe numa instituição que nenhum valor estava a criar no sistema financeiro e representava um risco permanente para a estabilidade de todo o sistema”, sublinha o Governante ao garantir que “foi a melhor solução para o enorme problema que estava criado”.
De realçar que desde a sua criação (2010) o Novo Banco vinha acumulando resultados de exercício negativos. Em 2016, os prejuízos ultrapassavam os 826 mil contos. Pelo que o atual Governo entende que “a salvaguarda do interesse público aconselhava a não utilização de fundos do Orçamento de Estado e dos contribuintes no resgate permanente de uma instituição, que há muito deixara de prosseguir os nobres objetivos para os quais foi criada”, sublinha o Governante.
“Enquanto Ministro das Finanças, a minha responsabilidade é de comunicar os factos à sociedade cabo-verdiana. Não julgo ninguém. No entanto, perante um prejuízo deste nível, temos a obrigação de fazer com que os culpados sejam responsabilizados”, diz Olavo Correia lembrando que “tudo aquilo que é suportado pelo Estado, é pago pelos contribuintes”.
Entretanto, “o importante é que o processo seja bem gerido. Temos plena confiança em como o Banco de Cabo Verde fará uma boa gestão do caso. E no final, conseguiremos uma boa solução dentro do possível. De todo modo a partir de agora não há nem haverá acumulação de prejuízos por parte do banco. Pelo menos estancamos um problema. Um sério problema de hemorragia financeira”, conclui Olavo Correia.