É nesta perspectiva que o Primeiro-Ministro, iniciou nesta sexta-feira, 3, um périplo pelos municípios do país, com o objetivo de valorizar as características geográficas e humanas de cada região e priorizar os investimentos e as políticas públicas de desenvolvimento, de acordo com as especificidades de cada uma.
“As visitas estão sendo preparadas pelas câmaras municipais, em parcerias com o Estado, as Agências que trabalham na área da promoção empresarial e com parceiros como as câmaras de comercio e de Turismo, para de facto se concentrar sobre a resolução de alguns problemas”, destacou o Primeiro-Ministro, para quem a ideia é focar nas especificidades de cada município.
No Tarrafal, conforme Ulisses Correia e Silva, esta intenção está refletida, entre outras ações, nos memorandos de intenções de investimento, entre a autarquia local e o grupo Oásis, e de cedência de terrenos para o município, entre o Governo e a Câmara Municipal do Tarrafal, assinados durante a sua visita ao Concelho.
“Isto demostra todo o engajamento do Governo que está interessado em fazer acontecer. A operacionalização do conceito de fundo de investimentos imobiliário, que é exequível, é mais uma medida que mostra, de facto, à vontade de ver Tarrafal dar o seu impulso no desenvolvimento turístico. As zonas da parte da Baía Verde, as Zonas Turísticas Especiais (ZDTI) são as maiores que devemos começar a trabalhar para ser de facto projetos de referência no município”, explicou Correia e Silva, realçando que este Governo não vai deixar as coisas só no papel.
Condições para um turismo diversificado
De acordo com o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, para o Tarrafal de Santiago, o turismo deverá ser diversificado, englobando quer o balnear, quer o rural e até o cultural, tendo em conta o grande foco do município. Para isso, diz, é preciso conseguir desenvolvimentos integrados com a participação de todos os atores, mormente, os territoriais.
Na área cultural, o Campo de Concentração vai ser valorizado no sentido de gerar rendimento para o próprio concelho. O próximo passo é dotá-lo das exigências necessárias para ser aceite como Património Mundial da UNESCO. Só assim vai render, em termos de benefícios e de economia para o concelho, assim como os museus e os monumentos em todas as partes do mundo.
“Tarrafal tem todas as condições para desenvolver um turismo balnear, a zona urbana é razoável e poderá dar um salto qualitativo beneficiando do forte pacote de requalificação urbana que o Governo está a negociar para implementar no próximo ano”, declara, esclarecendo que, o projeto inclui segurança, requalificação ambiental, animação cultural, acessibilidades, energia e água, e vai fazer com que as cidades sejam espaços de qualidade, que atraiam investimentos, residência e turistas.
Governo consciente dos anseios dos jovens
Durante a visita ao Tarrafal, José Ulisses Correia e Silva, reuniu-se com dezenas de jovens, que aproveitaram o encontro para falar das suas principais inquietações. Mais bolsas de estudo, habitação Jovem, emprego, estágios profissionais, propinas escolares, uma regionalização que beneficie Tarrafal, foram, entre outras, as preocupações que levaram ao Chefe do Governo.
Para o Primeiro-Ministro, o Governo já começou a trabalhar para contornar muitas dessas situações, com algumas medidas já plasmadas no Orçamento do Estado deste ano.
Em relação à bonificação de taxas de juros para habitação, por exemplo, o Primeiro-Ministro explicou que o Governo encontrou uma dívida junto aos bancos muito elevada, de mais de 10 milhões de euros, mostrando que as bonificações não eram pagas pelo Governo anterior, e fazendo, com que os bancos não estejam disponíveis para conceder ao Estado novas possibilidades de bonificação. No entanto, Ulisses Correia e Silva garantiu que a solução está para breve, através da titularização da dívida, acrescentando que só assim a bonificação da taxa de juros para Habitação Jovem será uma realidade.
Já em relação ao emprego, um dos principais problemas apontados pelos jovens, o Governo aposta em parcerias com investidores e o setor privado, criando condições para que haja uma dinâmica económica e de investimentos no Tarrafal. “É a via correta para gerar empregos e rendimentos”, assegura Ulisses Correia e Silva lembrando que, para isso, os jovens têm de estar preparados.
