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Governo firma protocolo com bancos comerciais e instituições de micro-finanças para combater a exclusão financeira e a informalidade económica

O Governo de Cabo Verde, através do Ministério das Finanças, assinou um protocolo institucional com o Banco Comercial do Atlântico (BCA), o Banco Interatlântico (BI), e com as Instituições de Micro-finanças (IMF) em Cabo Verde, para garantir o acesso ao financiamento por parte daqueles que hoje estão excluídos do sistema financeiro e na informalidade económica.

Na mesma linha, no mês passado, o Governo assinou um protocolo com a Caixa Económica de Cabo Verde, o Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), com a Ecobank e o Banco Angolano de Investimento (BAI) Cabo Verde.

Globalmente, trata-se de uma linha de crédito de cerca de 100 mil contos que visa apoiar as instituições de micro-finanças, para que possam intervir apostando na formalização da economia, mas também na inclusão financeira e na geração de empregos e de rendimentos.

O Ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, garante que o valor desta linha de crédito será aumentado, no quadro do Orçamento de Estado de 2018. Com esta medida, este Governo quer “que as empresas criem empregos. O Estado não cria emprego, cria o ecossistema otimizado para que as empresas possam ter acesso a financiamento e com isso possam investir, inovar, produzir, gerar empregos e rendimentos e possam exportar. Isso é essencial para que o país desenvolva, cresça a 7% e para que todos os cabo-verdianos possam ter uma vida condigna e possam viver do suor do seu esforço”, referiu o Ministro.

Portanto, todos aqueles que tiverem condições para ter um projeto de vida, investindo no turismo, no comércio, na industria, na agroindústria, vão ter acesso a financiamento, segundo esse protocolo, a juros bonificados pelo Estado a 50%, para que os bancos comerciais possam disponibilizar dinheiro às IMF numa lógica de partilha de risco.

“Compete ao Estado criar um ecossistema, através da bonificação e da partilha do risco, assumindo uma parte da garantia, para que os privados tenham acesso a financiamento. Estamos a trabalhar para que as pequenas, as médias e as grandes empresas venham a ater acesso a financiamento mais barato e mais fácil, com um sistema de bonificação, mas também com um sistema de garantias por forma a que, junto com o sistema bancário, possamos partilhar o risco e quebrar esta barreira que existe hoje e que vem dificultando o acesso ao financiamento por parte das pequenas, médias e grandes empresas no segmento cabo-verdiano”, garante o Ministro.

Este Governo quer combater a exclusão financeira e a informalidade económica, promover o trabalho e o acesso ao rendimento.

“Cada cabo-verdiano, em cada canto de Cabo Verde, tem o direito de viver do suor do seu esforço!”, advoga o Ministro Olavo Correia.